Links de Acesso

Jose Eduardo “Ainda não há condições” - 2004-05-11


O Chefe de Estado angolano disse nesta segunda-feira em Cabo Verde, não haver ainda condições para a realização de eleições em Angola. Realçou que ao contrário do que sugerem algumas correntes a iniciativa eleitoral preparatória é do seu governo.

José Eduardo dos Santos acredita ser necessário melhorar os procedimentos eleitorais de forma a afastar para sempre o expectro da fraude eleitoral, recurso de maus perdedores.

“Apesar de muitos pronunciamentos de alguns sectores da oposição, que gostariam de apressar o restabelecimento do calendário eleitoral sem atender a circunstância de que actual situação de pós-guerra requer ainda alguma ponderação e bom senso, tem sido igualmente o governo a dar os primeiros passos para criar as condições que permitam que as próximas eleições reflictam de facto a vontade soberana do povo angolano``.

Falando no parlamento cabo-verdiano durante uma sessão especial deste órgão José Eduardo dos Santos afirmou que sua prioridade consulado é o combate à corrupção, e à má gestão da coisa pública.

”No novo clima de paz existente em Angola, começa também a ser possível estabilizar a economia e reforçar os mecanismos para o seu controlo através do Tribunal de Contas e dar maior atenção a todos procedimentos negativos que contribuem para desvios ou para a delapidação do património do estado.”

A necessidade de transparência e reposição do bom nome de Angola e dos seus líderes, citados em diferentes escândalos financeiros é outra das tarefas de topo do estado angolano, que doravante vai publicar as suas contas.

“A recente decisão tomada pelo governo angolano de tornar pública todas as suas contas referentes nomeadamente ao sector petrolífero, visa mostrar a verdade, desmascarar as intrigas, que a determinados círculos teimam em propagar contra o estado angolano e seus principais dirigentes.

Essa nova postura decorre igualmente de uma vontade interna de maior transparência e inscreve-se nos esforços de boa governação que neste momento anima muitos países empenhados em participar de uma forma consciente e organizada num acelerado e salutar processo de globalização assente no direito, na justiça e num modo equilibrado da distribuição de benefícios”.

José Eduardo dos Santos, lamentou o facto de a nível internacional não se ter honrado as indemnizações decididas no Conselho de Segurança das Nações Unidas, nem a prometida conferência de doadores para a recuperação económica de Angola. Josefa Lamberga

XS
SM
MD
LG