Fontes nigerianas indicaram que a calma regressou à localidade de Yelwa, com a chegada de centenas de reforços da policia, enviados para suprimir os ataques de vingança por parte de cristãos de etnia Tarok contra a comunidade essencialmente muçulmana de etnia Hausa.
Um jornalista nigeriano do Estado do Planalto, refere que as autoridades anunciaram medidas drásticas para acabar com a violência, impondo um recolher obrigatório em Yelwa, e instruindo as forças de segurança a disparar contra quem seja visto a fomentar problemas.
A policia procura avaliar o numero de mortes do ultimo ataque, ocorrido no passado domingo e principio de segunda feira, tendo um responsável indicado que o cifra de 80 mortos não tem em consideração o numero real das baixas.
Dirigentes nigerianos muçulmanos acreditam terem sido mortas na recente onda de violência mais de duas centenas de pessoas, e mais de uma centena de outras se encontram desaparecidas.
Aqueles responsáveis classificam a ocorrência como tendo um massacre, e acusam as autoridades locais de organizarem os grupos de milicianos, ao mesmo tempo em que retiravam a policia da área, acusação que as autoridades desmentem.
Os combatentes Hausa incendiaram, há algumas semanas atrás, igrejas e mataram quase uma centena de pessoas numa aldeia Tarok. A violência teve inicio da região há três meses atrás. Os agricultores Tarok, predominantemente cristãos, consideram os pastores de gado na sua maioria muçulmana Hausa, como estrangeiros, e acusam-nos de roubar terrenos e de tentar usurpar o poder político.
A violência, que custou a vida a um milhar de pessoas num única semana, registada na capital do estado em 2001, foi relacionada igualmente a rivalidade étnica e religiosa.