O Conselho de Segurança das Nações concedeu ao secretario geral, Kofi Annan, um prazo de seis meses para tentar persuadir Marrocos a aceitar um plano de paz para o Saara Ocidental.
Os países membros manifestaram estar a perder a paciência com o facto de a situação continuar a arrastar-se.
O secretario geral Annan tinha solicitado por uma prorrogação de dez meses para a força de capacetes azuis na região, mas o Conselho concedeu apenas um prazo de seis meses, e solicitou a Annan para que apresente recomendações para a redução dos 230 elementos da força de observadores .
A esperança de um acordo para o problema reside essencialmente num plano formulado pelo antigo secretario de Estado norte americano, James Baker.
A proposta de Baker prevê que Marrocos conceda de imediato autonomia parcial a região rica em minerais, a que se seguira - num prazo de cinco anos –durante o qual cerca de 260 mil residentes do Sara Ocidental serão solicitados a escolher entre a independência total, a autonomia parcial ou a adesão a Marrocos.
Os rebeldes da Frente Polisario e os seus principais apoiantes, a Argélia, apoiam o plano de Baker, mas o governo de Rabat indicou que só aceitara a autonomia no âmbito da soberania marroquina.
A Argélia, que detém um lugar no Conselho de Segurança, apoiou a prorrogação de seis meses, tendo o embaixador da Argélia junto da ONU afirmado a Voz da América, esperar que a prorrogação permita a Marrocos tempo para reconsiderar as rejeições ao plano Baker. Manifestou, no entanto, pouca esperança numa rápida resolução do problema.
Num relatório divulgado sobre o assunto, o secretario geral da ONU indicou ao Conselho de Segurança ter duas hipóteses –desistir de treze anos de iniciativas e de um investimento de 600 milhões de dólares na procura de uma solução pacifica , ou dar uma ultima hipótese as negociações.
Os rebeldes da Polisario desencadearam uma guerra de guerrilha contra Marrocos de 1976 a 1991, quando as Nações Unidas obtiveram um cessar fogo que previa um referendo sobre o futuro da região.
As tentativas para realizar o sufrágio tem sido sistematicamente proteladas.