Grupos de direitos humanos criticam a escolha feita pelo maior partido político da Indonésia para a liderança, de uma individualidade acusada de crimes de guerra.
A escolha do antigo chefe do estado maior general, Wiranto, coloca os aliados da Indonésia na guerra contra o terrorismo numa posição difícil.
Wiranto é acusado de ter comandado as tropas Indonésias que cometeram crimes contra a humanidade - antes e depois da votação - em 1999 de Timor Leste no sentido da independência.
Embora os acusadores públicos da ONU, em Timor Leste o tenham implicado, Wiranto nunca foi formalmente acusado, e os tribunais indonésios responsáveis constituídos para tratar da violência, durante a qual forças de milícia apoiadas pelo exercito assassinaram mais de um milhar de pessoas, os tribunais, dizíamos chegaram a conclusão de não possuir dados contra o general reformado.
Um analista de um banco em Jacarta, refere que o eleitorado indonésio não parece estar preocupado com as acusações, mas os governos estrangeiros podem vir a ter de fazer uma escolha difícil.
Segundo ele tudo dependera daquilo que os governos estrangeiros pretenderem da Indonésia. Se os Estados Unidos e os países ocidentais desejarem prosseguir a luta contra o terrorismo ... necessitam da cooperação da Indonésia, e especial no combate ao fundamentalismo islâmico, e assim talvez a opinião internacional sobre Wiranto seja reconsiderada.
Ontem terça feira, Wiranto foi seleccionado como candidato a presidência do partido Golkar, formação que obteve uma sensível percentagem dos votos nas recentes eleições gerais.
Activistas dos direitos humanos criticam a escolha de Wiranto, e os analistas consideram-no como um forte opositor ao antigo ministro da segurança Susilo Yudhoyono.
Na Indonésia, Wiranto tem conseguido combinar a reputação de um homem do povo, com uma aura de um dirigente forte e decidido.
A Indonésia foi palco do pior ataque terrorista desde 11 de Setembro nos Estados Unidos, e constitui um importante aliado na guerra contra o terrorismo.
Wiranto prometeu actuar com firmeza contra a violência dos militantes, sendo a Indonésia a maior nação muçulmana, e a terceira maior democracia.