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Colômbia distingue-se de entre os países sul-americanos - 2004-03-26


A Colômbia distingue-se de entre os países sul-americanos. Numa altura em que outros países da região – nomeadamente a Venezuela, Brasil e Argentina – distanciaram-se dos Estados Unidos, a Colômbia continua a pressionar por relações o mais estreito possível com Washington, apelando por um maior aumento na cooperação militar e pressionando por um acordo bilateral de comercio livre.

Com o presidente Alvaro Uribe, a Colômbia continua a ser o único país sul-americano a chamada “coligação de boa vontade” da administração Bush no Iraque. O presidente Bush encontrou em Uribe um forte aliado na guerra contra o terrorismo. O líder colombiano destacou isso quando falou no Clube da Imprensa Nacional.

“Nenhum governo democrático no mundo pode enfrentar sozinho o terror. O maior inimigo hoje em dia da democracia e o terrorismo. O terrorismo e uma nova versão da ditadura. Atinge as pessoas. Acaba com as liberdades. Deturpa a Lei. Não quer saber da Constituição. O terrorismo fala sobre ideias políticas, mas e apenas uma desculpa para entrar explicar as suas actividades de terror.”

Nenhum país nas Américas tem experiência mais directa com o terrorismo do que a Colômbia. Durante décadas, o país tem sido objecto de ataques de guerrilheiros esquerdistas, esquadrões da morte da direita, e poderosos cartéis de drogas, todos eles usando tácticas terroristas para conseguirem os seus objectivos. Nenhum ataque na Colômbia atingiu a magnitude da tragédia do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos, mas o numero total de mortos causados por 40 anos de conflito na Colômbia vai de entre 50 mil a 100 mil pessoas.

O presidente Uribe disse que os colombianos entendem muito bem que a democracia não pode florescer sem segurança.

“Vemos ser necessário formar uma equipa para a segurança e democracia. A segurança e um valor democrático. Hoje em dia é impossível manter a democracia sem fornecer segurança às pessoas.”

Nos últimos dois anos, a Colômbia registou dramáticas diminuições em ataques, assassínios e raptos – assim como drásticas reduções na produção de folha de coca. Alguns observadores dão credito a isso ao programa de ajuda americano de biliões de dólares lançado em 2000, chamado “Plano Colômbia” que fornece fundos e equipamentos necessários para reforçar a segurança na Colômbia.

Mas o antigo embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Miles Frechette, disse que cabe ao presidente Uribe a maioria do credito por esse facto.

“O que vemos no presidente Uribe é um homem firme na sua palavra. Ele quando tomou posse fez aumentar a destruição de campos de drogas ilegais. Ele tem-se oposto energicamente ao terrorismo. Tem-se recusado a negociar com os guerrilheiros na base de “podem continuar a lutar e continuaremos a conversar”. Os predecessores de Uribe nunca cumpriram com as suas promessas. O presidente Uribe é um homem que cumpre o que diz e obtêm resultados.”

Apesar disso, Frechette, que foi embaixador dos Estados Unidos na Colômbia de 1994 a 1997, diz que será necessário esperar duas décadas até que a paz final chegue à Colômbia.

O embaixador Frechette enfatizou ser necessário que os próximos presidentes da Colômbia prossigam a política do presidente Uribe. Isso é absolutamente essencial. Se não acontecer talvez o período de recuperação leve mais tempo acrescentou.

Uma iniciativa esta em curso na Colômbia para emendar a Constituição de forma a permitir que o presidente Uribe possa concorrer à reeleição e, 2006. Interrogado se apoia a medida, o presidente Uribe disse que cabe ao povo colombiano decidir.

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