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Assassínio do fundador do Hamas - 2004-03-22


O presidente do Egipto, Hosni Mubarak, anunciou imediatamente que ia cancelar uma visita a Israel de uma delegação de deputados egípcios. A viagem tinha sido planeada para terça-feira para assinalar o vigesimo-quinto aniversario do tratado de paz entre os dois países.

Mubarak disse que o assassínio do fundador do Hamas, um deficiente motor, tinha abortado o processo de paz e terá vastos efeitos em toda a região.

A Grã-Bretanha, a Jordânia e lideres palestinianos estiveram entre os primeiros a condenar o assassínio. O primeiro-ministro palestiniano Ahmed Qureia qualificou-o de um acto perigoso e cobarde que abre as portas ao caos generalizado.

O porta-voz da Liga Árabe, Hossam Zaki, que está na Tunísia a preparar a cimeira daquela organização, que começa no final desta semana, classificou o assassínio de Ahmed Yassin como a personificação do terrorismo pelo governo israelita.

O porta-voz da Liga Árabe afirmou que a morte de Yassin lança uma sombra sobre a reunião entre ministros dos Negócios Estrangeiros árabes e terá um forte efeito sobre quaisquer possibilidades de reviver o processo de paz.

Um porta-voz das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, parte da facção Fatah do líder palestiniano Yasser Arafat, apelou pela guerra e prometeu uma resposta ao ataque contra Israel dentro de horas.

O líder do banido grupo radical egípcio, Irmandade Muçulmana, Mohammed Mahdi Akef, emitiu também um aviso dizendo que não haverá vida para os americanos e sionistas na região e que não descansará ate que os israelitas sejam expulsos.

Num comunicado difundido pela televisão árabe Al-Jazeera, o líder da Jihad Islâmica, Ramadan Shallah, condenou o que chamou de lideres árabes surdos e cegos que apenas falam para defender Israel. Disse igualmente que o povo palestiniano está a ser estrangulado por Israel.

Universidades no Cairo prepararam-se para fazer manifestações de protesto contra a morte do líder do Hamas, fazendo com que a policia de intervenção egípcia tenha entrado em estado de alerta.

Em 1979, o Egipto tornou - se no primeiro pais árabe a assinar um tratado de paz com Israel, mas as relações diplomáticas entre os dois países permanecem frias desde há muitos anos.

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