Vladimir Putin disse, em declarações feitas na televisão nacional, que no seu segundo mandato, o governo irá trabalhar no sentido de consolidar o que chamou de ganhos democráticos nos últimos quatro anos.
Falando varias horas depois do encerramento das urnas, e antes do anuncio dos primeiros resultados, o Presidente Putin disse que o seu governo vai trabalhar para promover mais crescimento económico, fortalecer a sociedade civil e defender a liberdade da expressão dos meios da comunicação social.
Disse também que uma vez mais ou menos assegurada à estabilidade no país, na sua opinião a prioridade a seguir seria levantar os padrões de vida dos russos.
O líder russo disse que não tinham sido feitos ainda suficientes esforços no sentido de fazer sair da pobreza pelo menos um quarto da população russa.
O Presidente Putin prometeu também aos russos um sistema político multipartidario, o que muitos críticos afirmam agora que não resta mais nada senão o nome,acusando Putin de ter manipulado a imprensa para assegurar a sua reeleição.
Na arena internacional, Putin prometeu prometeu pressionar os interesses nacionais russos sem recorrer ao que chamou de medidas agressivas ou de confrontações.
O Presidente da Comissão Central Eleitoral russo, Alexander Veshnyakov, anunciou a vitória esmagadora de Vladimir Putin na segunda-feira de manhã em Moscovo, depois de terem sido contados 99 por cento dos votos. Veshnyakov disse que o titular ganhou por 71 virgula dois por cento do sufrágio.
De acordo com Veshnyakov apenas um dos concorrentes alcançou mais de 10 por cento da votação.Nikolai Kharitonov, do Partido Comunista, saiu com 14 por cento das urnas.Muito atrás, colocaram-se Sergei Glazyev, Irina Khakamada, Oleg Malyshkin e Sergei Mironov, nesta ordem.
Ultrapassadas as preocupações iniciais, a afluência às urnas foi de 64, muito acima dos 50 por cento necessários para a eleição ser válida.
Veshnyakov disse que os resultados finais e oficiais da eleição presidencial russa deverão serão anunciados no próximo de 25 de Março. Mas adiantou que será apenas formalidade e que estava certo que estas percentagens serão confirmadas. Disse também se terem verificado algumas violações menores em certas localidades, mas que tinham sido resolvidos imediatamente.
Por seu lado,os concorrentes da oposição e observadores internacionais disputam a afirmação,alegando que a eleição foi acompanhada desde o inicio por uma excessiva pressão sobre os eleitores e ainda por excessivos abusos dos meios da comunicação social por parte do presidente.
Julian Peel Yates, chefe da missão conjunta da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa e da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa disse aos jornalistas na segunda-feira em Moscovo que em geral faltaram na eleição presidencial russa os padrões do pluralismo e de um debate político significativo entre as partes, tal recomendado por aqueles dois organismos europeus para um processo eleitoral democrático plausível. Disse que o processo eleitoral não respeitou importantes empenhos quanto ao uso e controlo dos meios da comunicação social numa base não-discriminatória.
Todavia, o diplomata europeu elogiou a Rússia por ter conduzido a eleição duma forma, tal como disse, ordeira, apesar de se terem registado casos de abusos de poder,em que as autoridades constituídas usaram das suas posições até para intimidar.