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Terror em Madrid - 2004-03-11


Eram sete horas e 35 da manhã, quando comboios interurbanos foram atingidos por explosões perto das estações ferroviárias de Atocha, Santa Eugenia e El Pozo, na capital espanhola. De acordo com o ministro espanhol do Interior, Angel Acebes, que se deslocou a Atocha pouco depois dos atentados, quatro bombas colocadas nos comboios explodiram intervaladas em cinco ou seis minutos.

Os hospitais no sul de Madrid foram inundados com centenas de feridos e muitos outros receberam transfusões de sangue nas ruas perto dos locais das explosões.

A policia espanhola isolou a área à volta das estações e fez explodir um carro armadilhado que se encontrava estacionado perto da estação de Atocha.

As autoridades espanholas responsabilizaram a organização terrorista basca ETA, que efectuou atentados similares poucos dias antes das ultimas eleições legislativas. Mas ao contrario dos atentados anteriores, desta vez os seus autores não enviaram avisos antecipados dos seus actos terroristas. Os partidos políticos espanhóis suspenderam as suas campanhas eleitorais para as eleições parlamentares de domingo.

O líder da ETA negou a autoria dos atentados bombistas, responsabilizando os mesmos a quem chamou por “resistência árabe”.

Entretanto, o presidente Bush telefonou ao primeiro-ministro de Espanha, José Maria Aznar, para apresentar as suas condolências pela serie dos atentados bombistas hoje em Madrid que mataram cerca de 200 pessoas e feriram mais de mil.

O presidente Bush, de acordo com um comunicado da Casa Branca, condenou este vicioso acto de terrorismo da forma mais enérgica possível. Durante o seu contacto telefónico com José Maria Aznar, George Bush apresentou condolências às famílias daqueles que morreram nos atentados.

O primeiro-ministro Aznar tem sido um dos maiores apoiantes do presidente Bush na luta contra o terrorismo e na guerra no Iraque. Juntamente com o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, José Maria Aznar deu ao presidente Bush importante apoio europeu para a invasão liderada pelos Estados Unidos, numa altura em que a Franca e a Alemanha apelavam por mais inspecções de armas da ONU no Iraque.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, juntou-se as condenações mundiais dos mortíferos atentados bombistas de hoje em Madrid, classificando-os por “mortes sem sentido de pessoas inocentes”.

Kofi Annan expressou choque e indignação pelos ataques terroristas na capital espanhola classificando-os de moralmente inaceitáveis.

O secretário-geral das Nações Unidas apresentou as suas condolências ao rei Juan Carlos de Espanha e ao povo espanhol.(PF)

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