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Tráfico de Armamentos: Instituição Sueca Quer Controlo  dos Transportes Aéreos


Tráfico de Armamentos: Instituição Sueca Quer Controlo  dos Transportes Aéreos
Tráfico de Armamentos: Instituição Sueca Quer Controlo  dos Transportes Aéreos

O Instituto de Pesquisa da Paz de Estocolmo, uma instituição que segue a par e passo o comércio ilegal de armas e de drogas, criou o primeiro banco de dados informático para ajudar organizações humanitárias a não usarem companhias aéreas suspeitas de transportarem mercadorias ilícitas.
Aquela instituição sueca conhecida pela sigla SIPRI, decidiu criar o banco de dados na Internet depois de anunciar que mais de 90% das companhias aéreas acusadas de participarem no tráfico ilícito de mercadorias estavam também a ser contratadas pelas Nações Unidas, União Europeia, NATO e muitas organizações humanitárias para transportarem ajuda e forças de manutenção da paz.
A SIPRI afirma que em África, transportadoras aéreas acusadas pela comissão de sanções da ONU como tendo efectuado carregamentos ilegais de armas para Angola, Chad, Congo Kinshasa, Costa do Marfim, Serra Leoa, Libéria, Somália, Sudão e Zimbabué, foram contratadas para transportar ajuda humanitária ou para providenciar apoio logístico em várias operações de manutenção da paz.
O director da SIPRI, Hugh Griffiths, afirmou á VOA que a nova página na Internet como endereço, EthicalCargo.org, constitui uma tentativa para identificar essas companhias e para acabar com um modelo desde há muito estabelecido.
“ A palavra-chave, disse ele, é “negócio”. De facto os proprietários das companhias a que fazemos referência nos relatórios sobre o tráfico de armamentos, são pura e simplesmente homens de negócios. E, durante muitos anos, devido à falta de informação ou devido à falta de transportadoras disponíveis para actuar em zonas de conflito, o único critério das organizações humanitárias era o preço. Portanto, considerações morais ou éticas não entravam na equação.”
Para além do tráfico de armas e de drogas, algumas companhias aéreas usadas pelas organizações humanitárias estão igualmente a desempenhar um papel importante na extracção e transferência de minérios preciosos particularmente no Congo-Kinshasa.
Griffiths afiorma esperar que a nova página da SIPRI na Internet ajude essas organizações a adoptarem um programa logístico que encoraje essas companhias a terem um comportamento responsável de um ponto de vista ético.
“ Nós, disse Griffith, não estamos a defender o afastamento de ninguém. Estamos sim a tentar transformar o comportamento das companhias através de um esforço coordenado de modo a que as organizações humanitárias possam perceber quem é que estão a contratar e de que maneira podem alterar o seu comportamento. Tudo isso tende em mente o respeito pelos direitos humanos, a luta contra a corrupção, a transparência e a boa governação.”
O mais famoso traficante de armas no mundo dos transportes aéreos foi Viktor Bout que nos anos 90 despachou grandes quantidades de armamentos para vários conturbados países africanos enquanto paralelamente mantinha contratos com as Nações Unidas e os Estados Unidos. Alcunhado de “mercador da morte” Bout foi finalmente preso na Tailândia em 2008.

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