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Os Preparativos Para a Votação Estão a Decorrer Bem


O representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a África Ocidental manifestou-se encorajado pelos preparativos para as eleições na Guiné, sufrágios que se destinam a fazer regressar o país ao primado civil.

Três meses antes do sufrágio para por termo ao regime militar na Guiné, o representante especial da ONU Said Djinnit indicou que os preparativos para a votação estão a decorrer bem.

`Na realidade a situação é bastante positiva. Honestamente penso que as coisas se encontram bem encaminhadas.`

Djinnit que dirige o Gabinete das Nações Unidas para a África Ocidental, em entrevista à Voz da América após um encontro com o dirigente militar guineense em exercício o general Sekouba Konate, afirmou que o governo de transição constitui um modelo de partilha do poder.

`Temos de um lado um general que é o chefe de estado e o líder da transição muito comprometido no regresso do país à democracia e ao primado da lei. Do outro, pela primeira vez na história do país, as forças vivas e a oposição tomam contam da nação durante o período de transição.´

Integrado no plano regional de transição nem o general Konate nem o primeiro ministro civil Jean-Marie Dore ou qualquer outro elemento do governo interino pode concorrer às eleições marcadas para 27 de Junho.

A votação destina-se a fazer o país voltar ao regime civil após o golpe de Dezembro de 2008. O capitão Moussa Dadis Camara apoderou-se do governo militar. Um ano mais tarde, foi ferido com um tiro na cabeça pelo antigo chefe da guarda presidencial que acusou o capitão de tentar responsabilizá-lo pela morte de manifestantes da oposição.

Com o capitão Camara ainda recuperar dos ferimentos no Burkina Faso, o general Konate tem chefiado a autoridade de transição. Deixou claro que o exército não irá tolerar qualquer ameaça ao regresso à democracia, alertando qualquer que utilize a etnicidade ou tente causar problemas que serão eliminados sem hesitação.

Djinnit refere que a comunidade internacional compreende que a situação na Guiné permanece frágil.

Embora muito da reforma do sector de segurança na Guiné venha a ocorrer após o sufrágio, Djinnit indica que existem algumas coisas que devem ser concretizadas agora, incluindo a reorganizacao do sector militar e a melhoria do seu equipamento básico e das instalações incluindo os aquartelamentos para demonstrar aos soldados que a comunidade internacional está comprometida em ajudar a transformação do exército.

´O general Konate fez disto a sua prioridade por que conhece muito bem o exército, pois é um deles, sendo bem claro no que necessita de ser feito durante o período de transição.´

O general Konate avistou-se com Djinnit no Senegal onde teve conversações com o presidente Wade e encontrou-se com membros da comunidade guineense em Dakar.

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