O Banco Mundial apresentou Terça-feira um relatório sobre os indicadores de Desenvolvimento em África 2010 em que aborda o que descreve de "corrupção silenciosa".
O relatório foi também apresentando no Maputo e nós entramos em contacto com Rafael Saúte que é o representante para as relações externas do Banco Mundial na capital moçambicana que nos começou por explicar o conceito de corrupção silenciosa, um conceito que nada tem a haver com a grande corrupção de milhares ou milhões de dólares e também nada a haver com a pequena corrupção, aquela que existe nas ruas com alguns agentes da policia ou nos escritórios do estado
Nessa entrevista Saúte disse que a corrupção silenciosa tem a haver com todos os serviços básicos envolvendo situações como o absentismo a falta de dedicação o que muitas vezes é difícil de combater. Citou exemplos concretos como a ausência de professores da escola e a falisficação de fertilizantes para a agricultura.
Saúte disse que para se combater o fenómeno pode se dar uma maior informação sobre os serviços par aos utentes, a possibilidade dos utentes participarem na monitorização dos serviços públicos e depois uma maior liderança para se atacar claramente esse tipo de corrupção.
Ouça a reportagem com as declarações de Rafael Saúte em pormenor.
O autor do relatório Shanta Devorajan disse por seu turno que a corrupção silenciosa é diferente daquela corrupção que geralmente se fala e em que grandes quantidades de dinheiro muda de mãos.
A corrupção silenciosa, disse ele, é um fenómeno em que não se troca de dinheiro mas em que os pobres são directamente afectados pelo abuso de poder como por exemplo quando professores raramente comparecem ás aulas apesar de serem pagos ou quando fertilizantes são diluídos.
Ouça as declarações de Devorajan
