O presidente Jacob Juma, da África do Sul, vai visitar o Zimbabwe esta terça-feira para tentar quebrar o impasse no acordo político que levou à formação do governo de coligação, no poder desde há um ano atrás.
Zuma é esperado amanhã no Zimbabwe por entre crescentes sinais de um impasse no acordo que mantém o governo de unidade nacional formado há 13 meses atrás.
No dia anterior à sua chegada, o primeiro-ministro Morgan Tsvanagirai já tomou uma posição, dizendo que o governo de unidade nacional não conseguiu pôr em prática significativas reformas democráticas e acusa o seu rival, o presidente Robert Mugabe, de estar a bloquear essas mudanças.
A ZANU-PF, por seu lado, afirma que não irá fazer quaisquer concessões ao MDM de Tsvangirai, alegando que cumpriu todas as promessas feitas ao abrigo do acordo de partilha de poder.
Tsvangirai apelou ao presidente Zuma para que intervenha na sua qualidade de medianeiro no âmbito da SADC, que sancionou o acordo político. Mas, o primeiro-ministro tem muitas dificuldades a ultrapassar.
Nas últimas semanas, Mugabe retirou poderes a vários ministros do MDC e reforçou as funções dos aliados da ZANU-PF. Um dos ministérios afectados controla as eleições e é liderado pelo ministro da Justiça patrick Chinamasa.
O MDC afirma querer persuadir Zuma de que a única solução para pôr fim ao impasse é a realização de novas eleições. Também Mugabe apelou para que seja realizada nova votação.
Para além de ter retirado poderes aos ministros do MDC, Mugabe nomeou Johannes Tomana, um aliado da ZANU-PF, para o cargo de procurador-geral da Justiça.
Por seu lado, Mugabe afirma que o principal obstáculo para o progresso do governo unidade nacional são as restrições financeira e de viajar impostas pela União Europeia contra a hierarquia da ZANU-PF e de algumas das suas companhias.
Durante a sua visita à Grã-Bretanha, Jacob Zuma apelou ao primeiro-ministro Gordon Brown para levantar as sanções contra o Zimbabué.
