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Violência Religiosa na Nigéria Faz 500 Mortos


O presidente interino da Nigéria, Goodluck Jonathan, anunciou que vai reunir-se com os responsáveis do sector da segurança para analisar os recentes confrontos envolvendo muçulmanos e cristãos na cidade de Jos no centro do país e que se saldaram pela morte de centenas de pessoas.

Entretanto as autoridades locais em Jos estão a enterrar as vitimas, na sua maior parte mulheres e crianças em valas comuns.

Um porta-voz do governo local Gregory Nianlomg afirmou que pelo menos 500 pessoas foram massacradas durante um ataque nocturno em 3 aldeias perto de Jos no planalto central da Nigéria. Muitas outras pessoas ficaram feridas. As autoridades detiveram entretanto cerca de 100 suspeitos de envolvimento nos incidentes.

Segundo o analista político nigeriano George Eke, baseado em Lagos, a falta de oportunidades assim como a extrema pobreza são responsáveis pelas repetidas crises em Jos. " Grande parte desses problemas, disse ele, são causados por políticos. A Nigéria foi classificada, sobretudo o norte, como um local onde a al-Qaida poderia recrutar elementos para as suas operações. E porquê? Por causa da falta da educação. Nenhum governo resolveu ainda esse problema", disse ainda George Eke.

Segundo a polícia local, em Janeiro passado, confrontos entre grupos étnicos e religiosos rivais fizeram 320 mortos em Jos. Contudo activistas religiosos e defensores dos direitos humanos afirmam que esse número se elevou na realidade a mais de 500.

Soldados foram destacados para a zona afectada mas alguns residentes criticaram as autoridades por nada terem feito para impedir o derramamento de sangue.

Durante a última década a violência sectária na Nigéria causou milhares de mortos.

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