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Níger:Controlo Total do Governo de Transição


O novo Primeiro-ministro do Níger disse que os líderes militares lhe deram a liberdade para um controlo total do governo de transição que devera organizar novas eleições naquele país oeste-africano.

O Primeiro-ministro Mahamadou Danda disse que está a coordenar esforços com o Supremo Conselho Militar para a Restauração da Democracia no sentido de avançar para novas eleições:

"De momento, afirma o Primeiro-ministro Danda, a tarefa mais importante tanto para o Conselho Militar como para o próximo governo a ser formado, dentro em breve, é a criação de um organismo consultivo, representando todas as forças envolvidas no processo político do país, de forma a definir prioridades para o governo de transição. Disse que os militares não desejam, por si, assumir o direito para determinar quanto tempo deverá durar o período de transição esperando, por isso, ouvir a opinião do referido organismo consultivo…

"Disse ainda o Primeiro-ministro nigerino que o líder militar, Major Salou Djibo, prometeu que os militares não se iriam imiscuir nas actividades do governo de transição. Disse ainda Mahamadou Danda que de momento o seu gabinete não será muito grande, mas que terá por foco o estudo das suas prioridades e das qualificações dos futuros membros do seu gabinete, e dos militares.

Mahmadou Danda acrescentou que o seu governo não irá integrar líderes das facções políticas:

"É claro, afirmou, que todos os cidadãos do Níger apoiam, cada um, partidos da sua preferência, mas que o seu governo irá preferir tecnocratas, e outros candidatos competentes em qualquer outra especialidade, contrariamente ao governo anterior ao golpe de estado de 1999,quando os líderes políticos foram indigitados como ministros de gabinete….

Entretanto, a junta militar fez saber que nenhum dos seus membros, ou do governo de transição, ira apresentar-se como candidato as próximas eleições.

Os militares assumiram o poder no Níger há uma semana, derrubando o governo do Presidente Mamadou Tanja, quando este presidia a uma reunião de gabinete. Tanja vinha perdendo popularidade desde o referendo de Agosto passado numa tentativa para expandir o seu poder, dando a si próprio mais um mandato de três anos.

Quando parlamento e o tribunal constitucional do país afirmaram a ilegalidade do referendo, Tanja demitiu os titulares anteriores, nomeando novos juízes e novos legisladores que apoiassem a sua posição.

Tanja e seis dos seus ex-ministros se encontram sob prisão domiciliária.

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