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Zimbabué: Eleições Antecipadas Podem Ser a Única Solução


O primeiro ministro do Zimbabué Morgan Tsvangirai afirmou à Voz da América que eleições antecipadas podem ser a única solução para resolver os problemas políticos do país.

Na entrevista à Voz da América Tsvangirai afirmou que as conversações sobre a aplicação completa do acordo que levou à formação do governo de unidade no Zimbabué, marcadas para segunda-feira, não devem resolver as questões ainda pendentes.

"Vamos assistir a um impasse e já disse ao representante do nosso partido para que finalizemos os trabalhos, que não adiemos com o pretexto de uma outra reunião, que vejamos o que pode ser resolvido e aquilo a que não chegàmos a acordo. Assim poderemos dizer ao presidente Zuma e à SADC que a ZANU-PF recusa-se a aplicar, e por isso, e no que nos diz respeito a única solução será uma eleição. "

O mês passado o primeiro-ministro rejeitou um apelo do presidente sul-africano para eleições no próximo ano. Zuma tem o mandato da SADC para facilitar as conversações sobre a aplicação do denominado Acordo Politico Global que levou ao acordo de partilha do poder. A SADC é o garante do acordo lado a lado com a União Africana e a África do Sul.

O Movimento para a Mudança Democrática tem contestado os resultados de todos os sufrágios realizados desde o ano de dois mil, citando fraude generalizada, intimidação e violência. Tsvangirai afirmou que o ambiente político e legal terá de mudar antes que qualquer sufrágio possa ser realizado no Zimbabué.

"Não podemos ir para um sufrágio sob as mesmas conduções por que não será um sufrágio, será a guerra habitual. Deixada a intimidação, a violência podemos efectuar um sufrágio e derrotar a ZANU-PF. Desejamos uma nova constituição, tem se registado atrasos, mas penso que poderemos ter um referendo em Novembro ou Outubro. Só então decidiremos da data das eleições no próximo ano."

Tsvangirai sublinha que os governos de coligação são tradicionalmente frágeis acrescentando que quase um ano após a formação a união ainda é fraca. Segundo ele isto trata-se de uma consequência de uma recente declaração por parte do secretario dos estrangeiros britânico David Milliband indicando que a União Europeia só irá levantar as sanções contra o presidente Mugabe e membros da ZANU-PF quando aconselhado por Tsvangirai.

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