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Casa Branca Defende Mais Estímulos à Economia


Uma consultora económica da Casa Branca disse haver uma necessidade "esmagadora" de fazer mais para estimular a criação de empregos e solidificar uma frágil recuperação económica. A declaração segue-se a um desapontador relatório mensal sobre desemprego que mostrou a continuação da perda de postos de trabalho nos Estados Unidos. Este o tema que o Paulo Faria desenvolve na rubrica Política dos Estados Unidos.

Menos de um ano depois do presidente Barack Obama ter assinado o maior pacote de estímulo económico na história dos Estados Unidos, a chefe do seu Conselho de Consultores Económicos, Christina Romer,afirmou serem necessárias medidas adicionais.

"A sensação de que precisamos de fazer mais é esmagadora."

Christina Romer, falando no programa "This Week", da cadeia de televisão ABC, defendeu a extensão de elementos importantes do pacote de estímulo do ano passado no valor de 787 mil milhões de dólares, tais como benefícios aos desempregos e ajuda aos governos estaduais.

Mas Romer falou também de novas medidas como incentivos fiscais às empresas que contratem novos trabalhadores e descontos a pessoas que tornem as suas casas mais eficientes em termos de energia.

Na passada sexta-feira, o Departamemto do Trabalho dos Estados Unidos informou uma perda de 85 mil postos de trabalho no mês passado nos Estados Unidos, com o índice de desemprego a manter-se nos 10 por cento. Os números constituíram um desapontamento para os economistas que tinham a esperança de que Dezembro poderia registar o primeiro ganho de postos de trabalho nos Estados Unidos em perto de dois anos.

"Foi uma espécie de um revés", disse Romer

Romer acrescentou que uma branda perda de postos de trabalho e um nível estável de desemprego são uma melhoria sobre a situação que existia há um ano, quando centenas de milhar de postos de trabalho eram perdidos mensalmente e o nível de desemprego não parava de subir.

"No primeiro trimestre de 2009 quando a administração Obama apareceu, estávamos a perder uma média de 691 mil empregos por mês. A perda de postos de trabalho está a diminuir" afirmou.

Mas os Republicanos afirmam ser tempo para o presidente Obama de cumprir com a sua promessa de melhorar as actuais condições económicas da América, em vez de abrandar o índice do declínio. O presidente do Comité Nacional Republicano, Michael Steele, falou no programa televisivo "Fox News Sunday".

"O que é que vamos celebrar agora que estamos no primeiro aniversário da administração Obama ? Não temos trabalho, não temos reforma do serviço de saúde, uma dívida de 13 triliões de dólares e nenhum sentido de direcção sobre como vamos criar postos de trabalho."

No mês passado, a Câmara dos Representantes, controlada pelos democratas, aprovou um segundo projecto de lei de estímulo económico destinada a fazer disparar o emprego nos Estados Unidos. O Senado deverá analisar o referido projecto de lei dentro das próximas semanas. Destacadas vozes económicas na administração Obama aplaudiram a iniciativa, mas acrescentaram que, em última análise, o sector privado da América deve liderar o caminho para a criação de empregos e a expansão económica.

O consenso entre os economistas é de que o nível de desemprego nos Estados Unidos irá declinar gradualmente nos próximos meses enquanto a economia recupera da sua pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial. Mas alguns economistas de renome estão consideravelmente mais pessimistas, argumentando que o desemprego poderá aumentar futuramente e os Estados Unidos poderão voltar a cair numa recessão no final do ano.

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