Notícias provenientes de Luanda indicam que a selecção nacional do Togo se retirou da Taça das Nações Africanas de futebol que se inicia amanhã em Angola.
A decisão foi tomada na sequência do ataque contra o autocarro da selecção em Cabinda ontem e que segundo as últimas notícias causou três mortos. Outras notícias afirmam que quatro pessoas morreram. O guarda-redes da selecção togolesa Kossi Agassa disse que o treinador adjunto e o porta-voz da selecção tinham morrido. O motorista angolano também morreu. Outras noticias afirmam ainda que morreu também o guarda-redes suplente da selecção. Ouça a declaração oficial sobre o ataque feita pelo ministro da comunicação social Manuel Rabelais.
O ataque ocorreu poucos minutos depois do autocarro transportando a equipa nacional do Togo ter entrado no enclave de Cabinda sob protecção de uma escolta militar angolana.
Jogadores da selecção togolesa disseram que o ataque durou cerca de 20 minutos.
O grupo separatista FLEC reivindicou responsabilidade. Mas numa entrevista à Voz da América o comandante João Batista da região de Massabi negou que o ataque tivesse tido como objectivo específico a selecção do Togo. Ouça a entrevista com o comandante da Flec.
O governo angolano disse que os rebeldes tinham entrado em Cabinda vindos da Republica do Congo para onde fugiram após o ataque
A confederação africana de futebol disse que o torneio vai prosseguir como programado. Ouça a reacção do ministro dos desportos Gonçalves Muandumba
Entidades do governo angolano e da CAF estiveram ontem reunidos de emergência para discutir a segurança. O Primeiro-ministro angolano disse á agência de notícias France Press que o ataque ao autocarro da selecção do Togo é "um acto isolado" e está "garantida" a segurança das equipas que participam na Taça das Nações Africana.
Membros da selecção moçambicana que vai jogar em Benguela expressaram alguma preocupação. Ouça a declaração de um membro da comitiva moçambicana