O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, aceitou há pouco o Prémio Nobel da Paz de 2009, reconhecendo que está apenas no começo dos seus "trabalhos na cena mundial."
Obama, falando na cerimónia de aceitação do premio em Oslo, Noruega, afirma que os o que conseguiu até agora são poucas comparadas com outros laureados como Nobel, como Martin Luther King Jr. e Nelson Mandela. Disse que os activistas que têm sido "encarcerados e espancados na sua cruzada pela justiça" ou por servirem causas humanitárias em todo o mundo merecem mais esta honra.
Obama, que completou agora 10 meses como presidente, reconheceu a ironia de aceitar o Prémio Nobel da Paz quando se prepara para enviar mais 30 mil soldados americanos para o Afeganistão. A guerra contra os talibãs e a rede terrorista al-Qaida (afirmou) foi uma guerra que os Estados Unidos não procuraram – uma referência aos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque e perto de Washington DC.
Reconheceu, por outro lado, ser uma verdade dura que a guerra nunca será eliminada durante a nossa vida.
Citando o líder dos direitos cívicos americano, Martin Luther King Jr, no seu discurso de aceitação do Nobel em 1964 disse "violência nunca nos dá uma paz permanente." Mas acrescentou que no seu papel de chefe de estado tem que "enfrentar o mundo tal como ele é."
Obama diria ainda que haverá momentos em que as nações terão que usar a forca "não apenas necessária, como moralmente justificada."
Obama irá doar o 1.4 milhões de dólares do Prémio à caridade.