Académicos, investigadores, analistas políticos, jornalistas.
Serão essencialmente esses.
Todos na mesma sala para debater os desafios e possíveis cenários pós-eleitorais, em Moçambique.
Uma conferência organizada pelo Instituto de Estudos Sociais e Económicos de Moçambique, IESE, em parceria com a Open Society Initiative for Southern Africa, OSISA, uma organização baseada em Joanesburgo, África do Sul, e que trabalha em dez países da África Austral, incluindo Moçambique.
Criado nos finais de 2007 e com escritório em Maputo, o IESE é uma organização moçambicana independente e sem fins lucrativos.
O seu objectivo é promover investigação científica sobre problemáticas de desenvolvimento social e económico em Moçambique e na África Austral.
Sérgio Chichava, investigador do Instituto de Estudos Sociais e Económicos, é uma das pessoas envolvidas na organização do evento.
Aos microfones da Voz da América explicou que haverá três painéis diferentes.
Num deles, segundo a nossa fonte, procurar-se-á perceber os porquês da polémica à volta da Comissão Nacional de Eleições e os desafios às democracias de partido dominante, em Moçambique, e na África Austral, de um modo geral.
Por isso é que, entre os oradores, estarão também investigadores oriundos da África do Sul e da Namíbia, sendo que os exemplos e as experiências inerentes aos processos eleitorais daqueles dois países da região Austral Africana serão também aflorados.
O investigador Sérgio Chichava, e os temas de uma conferência organizada Instituto de Estudos Sociais e Económicos de Moçambique, IESE, que terá lugar esta terça-feira, em Maputo, e que vai discutir os cenários e os desafios do pós-eleições, em Moçambique.
Moçambique que foi a votos no passado dia 28 de Outubro.
Foram as quartas eleições para escolher um Presidente da República e duzentos e cinquenta deputados, e as primeiras para eleger mais de oitocentos membros das assembleias municipais.
Eleições ganhas de forma esmagadora pela Frelimo e o seu candidato presidencial, Armando Emílio Guebuza, mas fortemente contestadas pela Renamo que alega ter havido fraude, tendo pedido já a anulação do escrutínio.
Uma exigência feita através de um recurso interposto junto do Conselho Constitucional.
Conselho que negou dar provimento à reclamação da Resistência Nacional Moçambicana por considerar que não há fundamento legal.