A acusação é feita pelo Procurador-Geral da República do Ruanda, citado pela agência francesa de notícias, France Presse.
Martin Ngoga diz que há três países da África Austral – Zâmbia, Malawi e Moçambique - que nada fazem para travar os autores suspeitos da prática do genocídio de 1994, no Ruanda.
Um desses países é Moçambique, país que acolhe milhares de refugiados num campo localizado em Maratane, arredores da cidade nortenha de Nampula.
A Voz da América ouviu Benvinda Levy, Ministra moçambicana da Justiça, que reagiu às acusações com surpresa.
Segundo ela, o Ruanda ainda não fez chegar nenhum pedido formal às autoridades moçambicanas.
Não, pelo menos, que o Ministério que tutela tenha conhecimento.
O Procurador-Geral da República do Ruanda afirma que já esteve em Moçambique, por três vezes e que abordou o assunto quando aqui esteve.
A Ministra da Justiça, Benvinda Levy,confirma já se ter encontrado com Martin Ngoga, este ano, mas repisa não ter recebido, até agora, nenhum pedido formal endereçado pelos ruandeses.
Levy reagiu às declarações feitas pelo Procurador-Geral da República do Ruanda que acusa Moçambique e dois outros países da região austral africana de inoperância perante a suposta presença de elementos suspeitos de envolvimento no genocídio que aconteceu em 1994, no Ruanda.
Genocídio perpetrado maioritariamente contra cidadãos da etnia tutsi que resultou em cerca de oitocentos mil mortos, segundo dados das Nações Unidas
