A censura está alastrar-se aos órgãos privados da imprensa sobretudo aqueles cujos proprietários são figuras afectas ao poder político.
A censura à coluna assinada pelo jornalista Gustavo Costa, Subdirector do semanário Novo Jornal, uma das mais recentes publicações firmadas no mercado é um desses exemplos. Se não saísse hoje Sexta-feira como habitualmente, completaria três semanas desde que foi banido o "Palavra na Hora H" como é titulada a coluna.
Fonte do jornal assegurou-nos a retomada do espaço o que a acontecer assinala o ultrapassar da crise interna em que se viu mergulhado o novel tablóide.
O articulista criticava a ministra da Cultura que recentemente e no que se julga devido as pressões políticas que sofreu no partido, desautorizou o júri que havia atribuído a título póstumo a Viriato da Cruz, o prémio de Literatura 2009. O galardão viria a ser entregue a outra figura.
Pela firmeza com que se bateram ao longo destas semanas, o regresso na edição de hoje da crónica, muito provavelmente com o seu teor pode ser considerado uma vitória dos escribas naquela casa.
A marcar um outro acontecimento o director da rádio afecta a igreja confirmou-nos a decisão que tomou de suspender um dos seus correspondentes, por causa de uma carta que recebeu do juiz do Namibe, que se terá queixado de uma alegada má conduta do jornalista.
Acontecimentos de indisfarçável mau momento na media em Angola.
Um quadro que não surpreende Rafael Marques.
Diz o Activista que o se passou foi que os jornalistas durante algum tempo distraíram-se sobre factos como a propalada estatística do crescimento económico.
Perante um quadro frágil de defesa dos direitos dos jornalistas, jogam a seu desfavor o sistema judicial e as fraquezas do movimento sindical.
Síona Casimiro é de opinião que todos deviam participar no Congresso do Sindicato dos Jornalistas a ter lugar em Março que vem.
