A constituição moçambicana prevê duas modalidades para o financiamento da actividade política. A primeira assenta-se na atribuição de fundos públicos aos partidos com representação parlamentar. A segunda, são chamados financiamentos sazonais, ou seja os fundos atribuídos aos partidos e aos candidatos durante as eleições. Todos eles têm regras específicas mas muito limitadas.
Num boletim publicado esta semana, a Associação dos Parlamentares Europeus para África e o Centro de Integridade Pública de Moçambique denunciaram os avultados gastos do candidato e líder da Frelimo, Armando Guebuza durante a actual campanha para as eleições gerais, agendadas para o dia 28 de Outubro.
As duas associações exigem uma maior transparência por parte da Frelimo e do seu candidato relativamente aos financiadores da sua campanha.
Marcelo Mosse director do Centro de Integridade Pública de Moçambique, um organismo de promoção de transparência e de boa governação conversou com Sósimo Leal, sobre, entre outras coisas, o uso supostamente excessivo de helicópteros pela candidatura do presidente cessante Armando Guebuza, cujo custo terá sido superior a metade do fundo público destinado a campanha atribuído ao partido no poder. E é da opinião que a origem dos fundos deveria ser explicada.
Ouça a reportagem assinada pelo Sósimo Leal.
