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Nova Iorque: Uma Metrópole Adaptável


Nova Iorque é nas próximas semanas palco de uma avalanche do mundo diplomático, com centenas de diplomatas de todos os níveis e centenas de manifestantes a congregarem à cidade, onde decorre mais uma sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Em tempos normais, negociar o nosso caminho por entre as ruas congestionadas de Nova Iorque pode ser um desafio. Mas esta semana, os nova-iorquinos tem também que se confrontar com as ruas em redor do complexo das Nações Unidas que foram encerradas, e ainda a presença da segurança em redor do hotel onde está alojado o presidente Barack Obama, o que congestionou ainda mais os passeios da zona central da cidade.

Mas tudo isto não perturba Raul, um dos empregados camarários que varre as ruas daquela zona. Diz que com tanta polícia pelas ruas, as pessoas deitam menos lixo pelo chão.

"Para lhe dizer a verdade adoro. Diga a Obama para vir todos os dias. Assim tenho menos trabalho. Menos lixo para apanhar."

Nos dois quarteirões em redor do hotel onde se encontra hospedado o presidente Obama, a atmosfera é mais cortante, com manifestantes de várias causas a competirem pela atenção da imprensa e a simpatia dos delegados da ONU que por ali passam.

Um iraniano-americano chegou da Califórnia para protestar a visita do presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad às Nações Unidas.

"Acreditamos que o governo iraniano não representa o povo iraniano e que é preciso realizar uma eleição especial sob supervisão das Nações Unidas."

Perto membros da Aliança Camaronesa para o movimento Democrático agitam a bandeira verde, vermelha e amarela dos Camarões.

Alex Mbianda fala pelo grupo: "A razão porque estamos aqui é para nos manifestarmos contra o presidente Paul Biya dos Camarões, contra toda a injustiça que se verifica – corrupção, falta de democracia, prisão indiscriminada de pessoas que se opõe ao governo. Queremos que o mundo saiba que Paul Biya continua ali, e que está (no poder) há 27 anos."

Nem todos os manifestantes junto à Nações Unidas representam movimentos nacionais. Terça-feira por exemplo discutiu-se na ONU mudanças climáticas. Discussões que levaram os movimentos ecologistas em força às ruas apelando à acção imediata da comunidade internacional para combater o aquecimento global.

Mas nem todos os mais de oito milhões de residentes de Nova Iorque têm uma agenda contestatária. Apenas querem levar a cabo o seu dia normalmente. E a maior parte dos milhões de nova-iorquinos adapta-se aos acrescidos problemas de viver e trabalhar numa cidade como Nova Iorque.

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