A Austrália e os Estados Unidos vão convidar a China a participar em manobras militares conjuntas para ajudar a minorar os receios sobre uma corrida aos armamentos na região da Ásia – Pacifico.
O relacionamento entre a Austrália e a China tem sido prejudicado com as preocupações sobre a expansão militar de Pequim e a situação sobre a natureza das negociações sobre troca comerciais.
Como forma de minorar as tensões responsáveis australianos e norte americanos do sector da Defesa concordaram em convidar os chineses a participar nas manobras militares conjuntas.
O almirante Timothy Keating, o comandante das forças dos Estados Unidos no Pacifico, afirmou a um jornal de Sydney que as conversações com Pequim eram um sinal positivo de que a China deseja cooperar com o plano.
Keating manifestou igualmente esperança que as manobras conjuntas vão ajudar os Estados Unidos e os seus aliados tenham uma melhor compreensão das razões pelas quais a China está a aumentar o potencial de armamento.
Os Estados Unidos estão preocupados pelo facto de que algumas das ambições militares chinesas não pareçam ter uma postura pacífica.
Andrew Davies, do Instituto Australiano de Politica Estratégica, pensa que um relacionamento militar mais próximo vai beneficiar os três países.
“Vai dar a cada parte confiança na capacidade do outro actuar profissionalmente, e ensina a cada um como o outro tenciona operar, o que pode reduzir a oportunidade de acidentes e a más interpretações.”
O embaixador da China na Austrália, Zhang Junsai, acolheu com agrado a perspectiva de manobras militares e navais conjuntas como uma forma de assegurar a estabilidade e a paz regional.
As tensões entre a Austrália e a China intensificaram-se recentemente face a decisão de Canberra conceder um visto a uma activista exilada de etnia Uighur e a detenção em Pequim de um director australiano acusado de infringir de segredos comerciais e por suborno.
Zhang Junsai espera que os problemas sejam solucionados.
“As actuais dificuldades no relacionamento bilateral são algo que a China não deseja que ocorram. Por isso, esperamos que a Austrália se junte a China no respeito dos interesses mútuos e nas nossas preocupações.”
Foram divulgados poucos detalhes sobre a possibilidade de manobras conjuntas entre a China, os Estados Unidos e a Austrália.
Algumas informações sugerem que possam incluir actividades navais e terrestres bem como a troca de pessoal.
Um porta-voz militar dos Estados Unidos, no quartel-general do almirante Keating referiu não ter sido ainda feito qualquer convite formal a China para que se junte a manobras militares.