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Uma das Maiores Atrocidades da Humanidade


A secretária de Estado norte americana Hillary Clinton afirmou no Kivu que a continuação da violência sexual contra as mulheres constitui, e citamos, uma das maiores atrocidades da humanidade.

‘A totalidade da sociedade necessita de se manifestar contra a situação. Constitui uma mancha de vergonha quando ocorre em qualquer país.’

Os funcionários das agências de assistência avaliam em 400 o número de mulheres que são mensalmente violadas na região leste do Congo – uma zona que presenciou duas guerras e uma multiplicidade de milícias desde o final em 1994 do genocídio no vizinho Ruanda.

A situação conduziu a centenas de milhar de refugiados e deslocados internos distribuídos por campos através da região que foram vítimas de rebeldes das etnias Hutu e Hunde, bem como por parte de elementos do exército nacional congolês.

‘Temos criticado a impunidade daqueles que em posições de autoridade que tenham cometido tais crimes ou que os toleram.’

As Nações Unidas solicitaram ao presidente congolês Joseph Kabila para que apresente a justiça os militares responsáveis pelas violações, a começar com o grupo de cinco militares que a ONU sustenta possuir provas sólidas dos actos cometidos. Três soldados estão já a ser julgados e os outros dois estão detidos.

Hillary Clinton visitou o campo de Mugunga onde se encontram as vítimas da violência sexual, e onde estão mais de 18 mil congoleses deslocados. Anunciou, na altura, uma série de novos programas para prestar ajuda às vítimas da violência, tendo acentuado ser mais importante acabar com a violência impedindo os milicianos de atravessarem com impunidade a fronteira.

‘Temos de manter a pressão sobre o governo. E temos de manter a pressão sobre os governos vizinhos – o Uganda e o Ruanda – para que seja posto termo a esta vergonha.’

As Nações Unidas avaliam a ocorrência, desde 1996, de pelo menos 200 mil casos de violência no leste do Congo.

A agência da ONU para os Refugiados considera que o conhecimento e sensibilização das comunidades para o fim da impunidade permitirá às jovens e às mulheres voltarem a sentir segurança naquela região do Congo.

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