Na Nigéria, o principal grupo militante reivindicou o ataque a bomba contra dois oleodutos na região do estado do Delta do Níger, como parte da campanha contra a indústria petrolífera local.
O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger, conhecida pela sigla MEND disse que os seus guerrilheiros atacaram dois oleodutos, propriedades das petrolíferas holandesas Shell e da italiana, Agip.
Aquele grupo revela ainda numa declaração ter destruído o oleoduto no estado de Bayelsa. Nem a Shell nem a Agip reagiram ainda aos ataques, mas funcionários da companhia petrolífera holandesa disseram estar á investigar a ocorrência.
Entretanto, o porta-voz das forças militares nigerianas na região dos estados do Delta do Níger, o coronel Rabe Aboubakar disse a VOA que as forças de defesa estão prontas para reagir aos eventuais ataques contra a indústria petrolífera nacional.
"O que vos digo é que aqueles que estão a cometer esses actos de sabotagem fazem parte da comunidade. Estamos cem por cento a par da situação e vamos continuar a dar o nosso melhor para que esta região se veja livre desses criminosos, especialmente desses militantes. E aqueles que tem estado a levar a cabo tais actos de sabotagem, tem os dias contados e a curto prazo o cenário vai mudar. Isso eu vos garanto."
A Nigéria é por sinal o principal produtor petrolífero em África, mas os frequentes ataques contra as instalações petrolíferas, particularmente na região dos estados do Delta do Níger, tem, desde 2006, contribuído para uma redução em mais de 20 por cento, da exportação petrolífera nacional.
O responsável pela companhia petrolífera nacional da Nigéria, foi recentemente citado pela imprensa como tendo admitido que a onda de violência na região, forçou as petrolíferas internacional a interromperem nos últimos dois meses, a exportação de mais de 600 mil barris de petróleo.