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Desminagem de Cabora Bassa Começa Este Ano


Começam a ser removidas e destruídas este ano.São minas colocadas, primeiro, pelas tropas portuguesas, para evitar as investidas militares da Frelimo, e outras plantadas, depois da independência nacional, pelas próprias forças governamentais moçambicanas para frustar tentativas de sabotagem por parte dos rebeldes da Renamo durante o conflito armado dos dezasseis anos, que fustigou Moçambique.

Minas enterradas na cintura da barragem de Cahora Bassa, uma hidro-eléctrica construída no tempo colonial que, até 2007, era controlada por Portugal.

Um empreendimento cujas linhas de transporte de energia foram, várias vezes, derrubadas pelos guerrilheiros da Resistência Nacional Moçambicana, causando sérios prejuizos àquela empresa, que chegou a estar com as actividades quase paralisadas, entre 1984 e 1997.

A guerra civil terminou em 1992 e, até agora, a área não tinha sido desminada por razões de segurança, como explicou à Voz da América Fernando Vicente, Chefe do Departamento de Estudos, Planificação e Informação, do Instituto Nacional de Desminagem.

Vicente diz que não se sabe ao certo quantos são. Do que se tem a certeza, segundo ele, é que são muitos os engenhos explosivos enterrados naquela região da província central moçambicana de Tete.

Neste momento, o Instituto Nacional de Desminagem está em contacto com responsáveis da Hidro-Eléctrica de Cahora Bassa.O objectivo é discutir aspectos técnico-operativos.

É que a barragem de Cahora Bassa está erguida numa zona montanhosa, muito rochosa, um terreno difícil de desminar e há receios de que as máquinas que vão ser usadas para realizar o trabalho de remoção das minas possam criar problemas à estrutura do empreendimento.

Um milhão e quinhentos mil dólares americanos. É este o valor que se calcula seja necessário para desminar Cahora Bassa, considerada uma das melhores barragens hidro-eléctricas do mundo e que fornece energia ao territrório nacional e também a outros paises da região Austral Africana, com destaque para a África do Sul.

E a caminhar para o fim está o processo de desminagem, em Moçambique.Pelo menos noventa por cento do território nacional já foi limpo de minas, como confirma o Chefe do Departamento de Estudos, Planificação e Informação, do Instituto Nacional de Desminagem.

Desde que o processo de desminagem arrancou, em 1993, já foi possível livrar o país das chamadas batatas mortíferas numa área de duzentos e setenta e três milhões de metros quadrados, tendo sido removidos mais de trezentos e nove mil engenhos explosivos.

138 milhões de dólares americanos. São estes os valores desembolsados pelos doadores e pelo governo para fazer a desminagem, nos últimos 15 anos, em Moçambique, numa operacao que envolve, neste momento, mais de vinte operadores comerciais e três humanitários, internacionais.

Até 2008, já aconteceram um total de 430 acidentes com minas, que provocaram duzentas e setenta e oitovítimas mortais.Apesar de grande parte do território já ter sido desminado, ainda há muito trabalho por fazer.

Há ainda seis das 11 províncias do país com problemas de minas.Fernando Vicente, um dos reponsáveis do Instituto de Desminagem, falando à Voz da América sobre a desminagem em Moçambique, uma operação que vai terminar em 2014, absorvendo, de 2009 a 2014, cerca de 33 milhões de dólares americanos.

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