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Irão: Obama Pede Fim da Repressão


O presidente Barack Obama apelou ao governo iraniano para que "trave todas as acções violentas e injustas contra o seu próprio povo". Esta é uma citação do comunicado emitido pela Casa Branca.

Obama exorta o Irão "a governar com consentimento e não com coação". O presidente Obama afirmou que os EUA estão ao lado de todos o que buscam exercer os direitos universais de reunião e de liberdade de expressão.

Esta é mais recente tomada posição de Obama e coincide com uma manifestação reunindo centenas de exilados iranianos frente aos jardins da Casa Branca, exigindo que o governo de Teerão respeite a vontade popular. Outra manifestação idêntica, exigindo liberdade no Irão teve lugar em Nova Iorque, nas imediações do edifício sede das Nações Unidas.

Também na Europa tiveram lugar manifestações de apoio como foi o caso de Hamburgo, na Alemanha, e na capital francesa, onde iranianos exilados participaram num grande comício.

Na capital iraniana, Teerão, testemunhas oculares afirmam que, no sábado, a polícia utilizou gás lacrimogéneo, bastões e canhões de água para tentar dispersar milhares de manifestantes que desceram às ruas.

A televisão oficial confirmou alguns incidentes, afirmando que a polícia se confrontou com o que descreveu como "arruaceiros" que tentavam levar a cabo manifestações ilegais contra os resultados das eleições presidenciais, cujos resultados são controversos.

Entretanto, o candidato presidencial reformista, Mir Hossein Mousavi emitiu um comunicado, no sábado à noite, dirigido ao Parlamento iraniano, repetindo o seu apelo para que as eleições presidenciais sejam canceladas. Mousavi não comentou as manifestações de rua.

O Irão limitou severamente a cobertura dos acontecimentos por par dos órgãos de comunicação social independentes, mas testemunhas oculares, prestando declarações à VOA, afirmaram que milhares de residentes foram para as ruas, desafiando a advertência lançada pelo Supremo Ayatollah. Essas testemunhas referem a presença massiva de forças policiais, particularmente em redor das duas principais praças na cidade de Teerão, onde decorreram manifestações em dias anteriores.

Também, no sábado, os órgãos de informação do governo iraniano noticiaram um atentado bombista suicida próximo do monumento erguido em memória do falecido Ayatollah Khomeini, o líder da revolução islâmica iraniana. O atentado causou três feridos.

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