Morreu em Lisboa o primeiro presidente da Guiné-Bissau, Luís Cabral.
O primeiro presidente da República da Guiné-Bissau foi deposto a 14 de Novembro de 1980 num golpe de Estado liderado pelo presidente "Nino" Vieira, assassinado no passado 02 de Março na sua casa, em Bissau.
Cabral, será sepultado terça-feira em Lisboa, disse o ministro da Energia do país e porta-voz do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, Óscar Barbosa.
O porta-voz disse que o corpo de Luís Cabral será posteriormente trasladado para a Guiné-Bissau.
O governo da Guiné-Bissau decretou três dias de luto nacional pela morte de Luís Cabral, o primeiro presidente da República do país, disse Oscar Barbosa.
O ministro da Energia informou igualmente que uma delegação do PAIGC, liderada pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, apresentou em Lisboa, onde Luís Cabral residia há 30 anos, as condolências à família.
O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) afirmou em comunicado, que com a morte de Luís Cabral, primeiro Presidente da República da Guiné-Bissau, desaparece uma "parte importante da história" daquela formação política.
No documento, assinado por Oscar Barbosa, o PAIGC lembra que Luís Cabral foi um dos fundadores do partido e "desde sempre ocupou posições de relevo no seio do partido libertador".
"Como Presidente da República da Guiné-Bissau, no período em que esteve à frente dos destinos do país, a sua presidência lançou as bases sólidas para o desenvolvimento económico e social da nossa terra", recorda do PAIGC em comunicado.
Para o PAIGC Luís Cabral marcou definitivamente a ruptura com o sistema colonial, através de reformas a criação do Banco Nacional e o surgimento da moeda nacional, o Peso.
O Governo da Guiné-Bissau considerou no sábado a morte do primeiro Presidente da República do país, Luís Cabral, como a "perda" de um "dos grandes homens guineenses" que contribui de forma decisiva para a criação do Estado guineense.
O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) lamentou a morte do primeiro presidente da Guiné-Bissau, Luís Cabral, lembrando o seu "inquestionável sentimento patriótico".
Luís Cabral tinha 78 anos de idade.
Não foram reveladas as causas da morte mas o antigo presidente encontrava-se doente há vários meses.