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Desertores Norte-Coreanos No Funeral de Roh Moo-Hyun


A emocional despedida do antigo presidente da Coreia do Sul, Roh Moo-hyun, uniu a maior parte do país – incluindo coreanos que não nasceram no Sul. Para os norte-coreanos que desertaram para a Coreia do Sul, a emoção pública pela morte de Roh trouxe de volta memórias de uma vida anterior e a constatação de quão diferentes são as suas novas vidas.

Norte-coreanos que iniciaram uma nova vida no Sul estiveram sexta-feira ao lado de sul-coreanos numa grande concentração triste em Seul.

Cerca de 15 mil norte-coreanos vivendo actualmente no Sul, fugiram de perseguições políticas e de graves faltas de alimentos e de medicamentos no seu país.

Os tradicionais cantos coreanos e as simbólicas roupas bancas usadas na cerimónia pública de adeus ao antigo presidente Roh são bem conhecidos dos coreanos nos dois lados da dividida Coreia. Contudo, outros elementos dos acontecimentos pareceram muito estranhos para os norte-coreanos que presenciavam.

Para o desertor norte-coreano Kim Young Il, a morte de Roh Moo-hyun fez-lhe lembrar o funeral em 1994 do primeiro líder da Coreia do Norte, Kim Il Sung – que era venerado como um deus pela filosofia política oficial do Norte.

O desertor norte-coreano disse que o governo de Pyongyang forçou-o a ir ao funeral de Kim Il Sung. Escolas e fábricas fecharam para os estudantes e operários irem ao funeral. Mas, aqui na Coreia do Sul, disse, não houve ninguém que o tivesse forçado a ir.

A Coreia do Sul não concedeu tolerância de ponto para o funeral de Roh. Contudo, milhares de pessoas tiraram o dia para prestarem as ultimas homenagens ao falecido presidente.

O presidente Roh Moo-hyun foi um ardente apoiante do que chamava de "cooperação económica" com a Coreia do Norte. A sua "politica de engajamento" transferiu biliões de dólares de dinheiros públicos para o governo da Coreia do Norte, pedindo pouco ou nada em troca.

Talvez por isso mesmo, muitos desertores norte-coreanos não o apreciavam, pelo facto de ter sido pouco activo na questão dos direitos humanos na Coreia do Norte.

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