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Coreia do Sul Confronta Pyongyang


A Coreia do Sul está a intensificar a sua participação na campanha internacional liderada pelos EUA no sentido de impedir o tráfico de armas de destruição massiva, uma decisão há muito adiada para evitar irritar a Coreia do Norte.

A Coreia do Sul anunciou, na terça-feira, que vai participar em pleno na iniciativa de segurança da proliferação, liderada pelos EUA, conhecida pela sigla PSI. Mais de 90 nações tomam parte naquele programa, o qual engloba a partilha de informações entre os serviços secretos e a coordenação das forças navais para evitar que armas ilegais possam ser transportadas. Até agora, a Coreia do Sul apenas tomava parte no grupo na qualidade de observadora.

A Coreia do Norte advertiu, no mês passado, que veria a participação em pleno da Coreia do Sul equivaleria a uma declaração de guerra. Durante semanas, as autoridades sul-coreanas adiaram o esperado anúncio de que iria aderir ao grupo, mas peritos afirmam que não tinham outra escolha depois do teste nuclear subterrâneo de segunda-feira levado a cabo pela Coreia do Norte.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul, Yoo Myung-bak, disse que irá cooperar de perto com os EUA e com outras nações em busca de uma resposta vigorosa.

O ministro-sul-coreano diz acreditar ser necessário fazer saber à Coreia do Norte que dispor de armas nucleares é mais uma desvantagem que uma vantagem.

Separadamente, a Coreia do Norte disparou mais três mísseis de curto alcance.

Dan Pinkston, um analista sénior da organização Grupo de Crise Internacional, advertiu quanto a interpretar excessivamente os lançamentos dos mísseis por parte da Coreia do Norte. Diz ele que aqueles lançamentos se destinam, sobretudo, a reforçar a proibição de dois dias decretada na segunda-feira relativamente a presença de navios na sua costa Leste:

Afirma Pinkston: "Eles estão apenas a preparar-se militarmente e estão a fazer exercícios operacionais, bem como a testar a prontidão da sua defesa aérea. É esse o objectivo do seus sistema."

Peritos da Coreia do Norte sugerem duas principais motivações para as recentes provocações. Estes afirmam que o Norte visa sublinhar a urgência da diplomacia no que toca à agenda do presidente Obama, para que Pyongyang possa obter concessões por parte de Washington em conversações bilaterais com os EUA. Outros analistas afirmam que a Coreia do Norte pôs temporariamente de lado a diplomacia e que está a apostar no reconhecimento internacional pleno enquanto potência nuclear, à semelhança da Índia e do Paquistão.

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