Duas figuras conhecidas sobre a causa Cabinda, o enclave angolano rico em petróleo reagem com visões diferentes à proposta de constituição apresentada pela UNITA quanto à cedência de uma autonomia político-administrativa para a região.
O Galo Negro considera que este estatuto político, facilitaria a gestão administrativa e política de Cabinda, de onde sai a maior parte do petróleo vendido por Angola, responsável pelo crescimento económico que o país registou nos últimos dois anos.
A Voz da América trás aqui a posição assumida por António Bento Bembe - presidente do fórum cabindês para o diálogo que junto do governo assinou o acordo de paz para o enclave em Agosto de 2007 na província do Namibe, litoral sul de Angola.
Bembe, acusado de ter negociado à margem das principais figuras que sustentaram durante anos a luta independentista de Cabinda, pensa que o projecto de constituição da UNITA é manchado pela demagogia.
Enquanto que Raul Danda, tido como integrante da nova geração de activistas pela causa de Cabinda e agora deputado independente na lista da UNITA no parlamento angolano, entende que o projecto do Galo Negro foi discutido com as mais diversas sensibilidades locais ao contrário do plano de paz do governo angolano que terá sido imposto aos naturais do enclave. Ouça este o debate que nos traz o Moisés Sachipangue.