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ONU e a Proteção de Civis na RDC


As Nações Unidas manifestaram a sua preocupação acerca de alegadas atrocidades e violações contra civis nas províncias do Kivu Norte e Kivu Sul na República Democrática do Congo.

As agências humanitárias das Nações Unidas afirmam que a protecção de civis está a causar preocupação naquelas duas províncias congolesas. Acrescentam que as populações estão a ser aterrorizadas por grupos armados.

A agência das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários, OCHA, afirma que desde Abril, as populações da zona têm sido cada vez mais alvo de roubos, assassinatos e violações.

A porta-voz da OCHA, Elizabeth Byrs, afirmou à VOA que se tem verificado um aumento substancial de violações. Segundo ela, desde o princípio do ano foram registados 463 casos, mas acrescentou que esse número está muito aquém da realidade não reflectindo a dimensão do problema.

" A violação no Congo, assim como noutros países, sempre foi usada como uma arma de guerra. Isso não é novidade. Mas, agora cada vez mais mulheres vêm queixar-se aos centros de saúde o que vem demonstrar que começam a ter consciência dos seus direitos."

A agência das Nações Unidas para os Refugiados, UNHCR, afirma que os ataques desencadeados pelos grupos rebeldes e pelas forças governamentais estão a causar o desalojamento de muitas populações.

O porta-voz da UNHCR, Andrew Purvis, afirmou que ataques contra duas aldeias nas províncias do Kivu Norte e Kivu Sul, causaram há duas semanas atrás a morte de mais de 60 pessoas. Acrescentou que mais de 700 casas foram incendiadas salientando que a renovada violência contra civis causou já a morte de 60 pessoas.

" Um grande número de pessoas estão a caminhar pela estrada a norte de Busuringi tentando encontrar abrigo. Desde Janeiro os ataques dos rebeldes da Frente Democrática de Libertação do Congo já obrigaram mais de 370 mil pessoas a abandonarem as suas casas."

As agências das Nações Unidas estão a apelar ao governo de Kinshasa para que garanta a protecção da população civil e para que acabe com a atmosfera de impunidade que rodeia os crimes cometidos pelo exército nacional congolês, pela polícia nacional e pelos rebeldes.

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