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Somália Acusa Eritreia de Armar Rebeldes


O novo governo da Somália, caracterizado pela sua fragilidade, acusou a vizinha Eritreia de estar a armar grupos rebeldes na Somália.

O ministro somali da segurança Omar Hashi Aden afirmou que aviões carregados com armamentos chegaram na semana passada à Somália proveniente da Eritreia.

O ministro acrescentou que um primeiro carregamento de armamentos chegou na terça-feira e que outros dois chegaram na sexta-feira a um aeroporto nos arredores de Mogadíscio. Aden acrescentou que o governo de Asmara deverá enviar mais armas para o país visto que está empenhado em minar o governo de transição da Somália armando os grupos que se lhe opõem.

Há dois anos atrás, uma missão das Nações Unidas para a supervisão do embargo de armamentos à Somália, chegou à conclusão de que entre Dezembro de 2006 e Junho de 2007, a Eritreia enviou uma grande quantidade de material de guerra para a organização somali al-Shabab. Em Dezembro de 2006, a Etiópia interveio na Somália para afastar do poder a União dos Tribunais Islâmicos e a sua ala militar al-Shabab. Aquela organização com ligações à al Qaida é considerada como uma organização terrorista pelos Estados Unidos e opôs-se violentamente à presença militar etíope na Somália e também ao frágil governo de transição de Mogadíscio.

As Nações Unidas afirmam que a Eritreia forneceu vários tipos de armamento à al-Shabab incluindo mísseis terra-ar "SA-18" um dos quais foi usado para abater um avião de carga em Março de 2007 no aeroporto de Mogadíscio. Entretanto o governo eritreu considerou tais alegações como sendo falsas e tentando demonstrar que a Eritreia estava a prosseguir a sua guerra contra a Etiópia em território somali.

Em Junho passado, conversações em Djibouti patrocinadas pela ONU abriram caminho à retirada em Janeiro das forças etíopes da Somália e à coligação do governo federal de transição com uma facção moderada dum grupo islâmico liderado por Sharif Sheik Ahmed.

A al-Shabab, assim como outros grupos extremistas islâmicos, afirmam que o governo de unidade somali não passa de um fantoche do ocidente. Prosseguem entretanto os ataques contra as forças do governo e o contingente de 4 mil e 300 capacetes azuis da União Africana.

Comentando as novas alegações de que estaria a enviar armas para grupos rebeldes na Somália, o governo eritreu declarou apenas que não reconhecia o governo de unidade somali.

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