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Governo Americano Quer Privados na Solução da Crise


O Secretário do Tesouro americano Timothy Geithner deu a conhecer o plano da administração Obama para retirar os chamados activos tóxicos das instituições financeiras americanas.

O aspecto principal do plano Geithner é uma parceria entre o sector público e privado para comprar os empréstimos mal parados que têm paralisado os bancos americanos e que afectaram os empréstimos.

Falando numa conferência financeira patrocinada pelo diário Wall Street Journal Geithner disse que o governo vai fornecer os fundos necessários para fazer o programa funcionar.

"Como parte essencial deste programa estamos a tornar claro que estamos prontos a fornecer capital ao sistema", disse Geithener

Ninguém sabe quanto dinheiro do governo será necessário, mas durante os últimos seis meses mais de 700 mil milhões de dólares foram prometidos para se limpar os empréstimos mal parados do sistema bancário. As bolsas de valor deram ontem um voto de confiança ao plano ao plano Geithener. Os índices subiram quase sete por cento, o maior aumento de um só dia desde Outubro.

Analistas afirmam que se o plano Geithener não conseguir fazer reviver o sistema financeiro não haverá outra alternativa senão uma nacionalização a curto prazo dos bancos em dificuldades. Geithener mencionou essa possibilidade afirmando que o seu plano tem como objectivo estabelecer um meio caminho entre fazer-se nada e ao controlo governamental dos bancos.

"Estou muito confiantes em que a nacionalização nos deixaria numa posição em que o governo assume riscos que não compreende, que não pode administrar com competência, em que fica altamente vulnerável a ter que pagar demasiados por esses activos e a acusações de que estamos a dar aos bancos um subsidio disfarçado que 'e injustificado", disse

Geithener disse que vai levar várias semanas até que o seu plano seja avaliado pelos mercados financeiros.

Ao abrigo do plano investidores privados e o tesouro americano criam fundos para a comprar desses activos tóxicos ou mal parados. Os fundos criados competem para a compra desses activos que os bancos venderão provavelmente a valores mais baixos do que o seu valor contabilístico. O tesouro irá injectar fundos nos bancos que disso necessitarem.

Os valores comprados irão eventualmente ser vendidos. E aí jaz o risco. Caso os bens não consigam ser vendidos com lucro os investidores privados perdem o seu depósito inicial mas o governo terá que absolver esses prejuízos.

O abrandamento da economia global começou em Agosto de 2007 quando as faltas de pagamentos de hipotecas levaram os mercados financeiros a reduzir os empréstimos.

Geithener disse que como consequência da crise será essencial reformar o sistema financeiro porque o "sistema financeiro era demasiado frágil, demasiado vulnerável"

"Não tinha estabelecido um sistema de verificação e controlo na tomada de riscos o que teve consequências sistémicas", acrescentou

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