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Manifestações de Apoio a Bashir em Cartum


Milhares de pessoas manifestaram-se em Cartum a favor do presidente do Sudão, Omar al-Bashir, um dia depois do Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandato de captura contr ao presidente. Al-Bashir criticou a medida, qualificando-a de neo-colonialista.

Dançando e acenando o seu famoso pingalim em frente da multidão, o presidente sudanês invectivou contra o Tribunal Penal Internacional e seus apoiantes, acusando-os de tentarem explorar o Sudão e os seus recursos.

"Não nos vamos ajoelhar ao colonialismo", disse, acrescentando que o governo combaterá quaisquer tentativas para desestabilizar o país.

Maaz Alnugom, jornalista do diário Al-Akhbar, de Cartum, calculou a multidão entre cinco mil a seis mil pessoas e disse à Voz da América que pequenas multidões tentaram também manifestar-se defronte da Embaixada dos Estados Unidos e de outras representações diplomáticas, mas que foram impedidos pela polícia. A segurança foi reforçada na capital sudanesa, particularmente ao redor de missões diplomáticas ocidentais.

Jimmy Kawanjara, um comerciante queniano em Cartum, afirmou que a atmosfera era tensa entre os estrangeiros que foram aconselhados pelos seus governos a manterem-se em casa, mas adiantou que as manifestações foram pacíficas.

Mais protestos estão planeados para sexta-feira em Cartum e o presidente Al-Bashir deverá visitar a região de Darfur no Domingo.

Funcionários sudaneses revelaram que irão conduzir um esforço para suspender o mandato de captura do Tribunal Penal Internacional. A União Africana, que se opôs ao mandato de captura, está reunida em Adis Abeba e o governo da China pediu que o levantamento do mandato.

O Movimento de Libertação Popular do Sudão, o antigo grupo rebelde que controla actualmente o governo semi-autónomo do Sul do Sudão, e parceiro do partido de Bashir no governo nacional, reafirmou o seu apoio ao presidente. Embora haja pouca simpatia pelo presidente sudanês no sul do país, muitos líderes sulistas receiam que a sua remoção possa prejudicar o frágil processo de paz assinado entre as duas partes em 2005.

O mandato de captura do Tribunal Penal Internacional contra o presidente sudanês foi contudo estusiàsticamente recebido por muitos em campos de refugiados de Darfur e por grupos rebeldes locais. O Movimento para a Justica e Igualdade, a mais poderosa facção rebeldes da região, afirmou que não vai participar em futuras negociações, porque o governo sudanês á agora ilegítimo.

O governo sudanês anunciou também a expulsão de Darfur de 10 agências de ajuda internacionais, incluindo a Oxfam e a Save the Children, e há indicações de que mais grupos poderão ser expulsos.

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