Doadores internacionais reunidos no Egipto comprometeram-se com a concessão de milhares de milhões de dólares em ajuda aos palestinianos. Metade da ajuda servirá para reconstruir a Faixa de Gaza destruída durante a recente ofensiva israelita contra o território. Grande parte dos diplomatas reunidos na estância turística de Sharm el Sheik apelou entretanto à unidade entre as duas facções palestinianas, Hamas e Fatah. Contudo os doadores internacionais salientaram igualmente que agiriam à margem do Hamas, o grupo militante que controla a Faixa de Gaza. Entretanto a secretária de estado americana Hillary Clinton afirmou que a resposta à crise em Gaza não pode separar-se dos esforços mais amplos para se conseguir uma paz alargada.
Irão diz que não tem material para fabricar bomba nuclear
O Irão negou as alegações feitas recentemente pelo chefe do estado-maior americano de que disporia do material suficiente para fabricar uma bomba nuclear. Um porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros iraniano disse hoje que Teerão não poderia continuar o seu programa de enriquecimento de urânio sem ser detectado pelos inspectores internacionais. A agência internacional de energia atómica afirmou que o Irão dispõe de mil quilos de urânio pouco enriquecido que pode ser usado para a produção de energia. Contudo seria necessário enriquecer mais o urânio de modo a poder vir a ser utilizado na produção de armas nucleares e desconhece-se se o Irão tem essa capacidade.
Irão e Iraque reforçam relações
O antigo presidente iraniano, Akbar Hashemi Rafsanjani, encontra-se no Iraque numa visita destinada a reforçar os laços políticos, religiosos e económicos entre os dois países. Rafsanjani encontrou-se já com o presidente iraquiano Jalal Talabani. O presidente iraquiano visitou o Irão na semana passada no momento em que os dois lados estão a tentar aproximar-se depois da morte de Sadam Hussein. Washington tem entretanto manifestado a sua preocupação pelos crescentes laços entre aqueles dois países de maioria religiosa chiita. Acusou por outro lado Teerão de apoiar militantes anti-americanos no Iraque acusação essa negada pelo Irão.
Presidente sudanês tenta obter apoio interno
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir está a tentar angariar o apoio do público sudanês antes da decisão do tribunal penal internacional sobre os seus alegados crimes de guerra. Bashir afirmou ontem que o seu governo está a ser alvo de potências ocidentais devido parcialmente ao apoio que Kartum está a dar a movimentos de resistência no Afeganistão, Líbano e territórios palestinianos. O tribunal penal internacional deverá anunciar na quarta-feira se vai ou não emitir um mandato de captura contra Bashir. A acusação afirma que o presidente sudanês organizou uma campanha de genocídio na região de Darfur.
Bangladesh : dezenas de milhar em funeral de oficiais do exército
No Bangladesh, dezenas de milhar de pessoas participaram no funeral de 50 oficiais do exército nacional mortos na semana passada durante uma revolta de guardas fronteiriços. Os caixões envoltos na bandeira do Bangladesh foram transportados para o principal estádio de Dhaka para as cerimónias fúnebres acompanhadas de um tributo militar. Cerca de 80 pessoas morreram durante dois dias de motim e 70 oficiais do exército continuam dados como desaparecidos. A polícia afirmou que emitiu mandatos de prisão para mais de um milhar de guardas fronteiriços suspeitos de envolvimento na revolta. A primeira ministra do Bangladesh, Sheik Hasina, afirmou que vai destacar tropas para todo o país com a missão de capturar os responsáveis pelo motim.
Índia: legislativas começam em Abril
A Índia anunciou que as eleições legislativas vão iniciar-se no próximo mês. A comissão eleitoral indiana acrescentou que a votação será realizada em cinco fases de 16 de Abril a 13 de Maio. A contagem dos votos começará a 16 de Maio. A comissão eleitoral indiana salientou que a votação por fases permitirá o envio para o terreno de mais de 2 milhões de elementos das forças de segurança e de vários milhões de outros funcionários eleitorais. Mais de 700 milhões de eleitores poderá votar nas legislativas que deverão ser dominadas pela coligação governamental liderada pelo partido do congresso e pelo principal bloco da oposição o partido nacionalista hindu Janata.
