O presidente Barack Obama afirma que o seu primeiro orçamento, que prevê despesas superiores a três triliões de dólares, visa corresponder às necessidades mais imediatas do país.
Obama prevê um deficit orçamental de 1,75 triliões de dólares para 2009 incluindo, pela primeira vez, os gastos com as guerras no Iraque e no Afeganistão, ao contrário do que se passou durante a presidência George Bush.
Obama aposta na criação de um serviço de saúde para todos, considerando que 40 milhões de americanos não têm qualquer tipo de seguro de saúde, prevendo uma verba inicial 634 biliões de dólares.
O orçamento do presidente Obama vai aliviar os impostos à classe média e aumentar aqueles que ganhem mais de 250 mil dólares por ano, ou seja cerca de dois por cento dos contribuintes.
Direitos Humanos: China Reage
A China rejeitou o relatório do Departamento de Estado que afirma que as condições dos Direitos Humanos no país permanecem pobres e pioraram em algumas áreas em 2008.
Um porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros disse a jornalistas que a China esta disposta a discutir os Direitos Humanos com qualquer país, mas apenas na base de igualdade e respeito mútuos.
O porta-voz pediu também aos Estados Unidos para reflectir sobre os seus problemas de Direitos Humanos e acusou Washington de usar aquela questão como um pretexto para interferir nos assuntos internos de outros países.
No seu relatório anual sobre Direitos Humanos, o Departamento de Estado diz que a China aumentou no ano passado a repressão sobre minorias étnicas em áreas do Tibete e na região autónoma de Uighur de Xinjiang.
Ramos Horta, Cuba e a Birmânia
O presidente de Timor Leste, José Ramos-Horta, chamou a atenção de Washington em relação á Birmânia e a Cuba.
Horta acredita que ambos os países estão ansiosos para estabelecer relações com a nova administração dos Estados Unidos.
Ramos-Horta afirmou ainda que há um forte interesse de Havana e em Rangum para dialogar com o novo presidente americano. O presidente leste-timortense falou sobre a boa vontade mundial a respeito de Obama, e disse estar optimista sobre a relação entre os EUA e a Birmânia.
Ramos Horta comentaram que as sanções contra a Birmânia e o embargo de meio século contra Cuba só causam sofrimento aos países. Ramos-Horta já visitou o país de Fidel Castro diversas vezes, e afirmou que o fim do embargo traria rápidas mudanças aquela ilha.
Mugabe Anuncia Fala de Eleições
O presidente do Zimbabué, Robert Mugabe, declarou que seu país terá novas eleições no prazo de dois anos.
Na quinta-feira, Mugabe declarou ao jornal oficial "The Herald" que o novo governo de unidade do Zimbabué provisório.
Mugabe afirmou ainda que as eleições serão seguidas por uma votação para uma nova Constituição, que será feita pelo seu partido, a União Nacional Africana do Zimbábue-Frente Patriótica (Zanu-PF), e pelo partido de oposição, Movimento para a Mudança Democrática (MDC), de Morgan Tsvangirai.
O partido de Tsvangirai não comentou a declaração.
Recentemente, ambos os partidos estão a governar o país em conjunto, de acordo com as disputadas eleições do ano passado.
O MDC afirmou que seus líderes irão se encontrar na sexta-feira para discutir, entre outros assuntos, a situação do novo governo.
Zimbabué Necessita Dois Biliões de Dólares
O ministro das Finanças da África do Sul afirmou que o Zimbabué está á procura de dois biliões de dólares para reconstruir sua abalada economia e infra-estruturas.
Na quinta-feira, Trevor Manuel disse à rádio sul-africana que o Zimbabué quer utilizar metade do orçamento para estimular o sector do comércio de retalho, e a outra metade para emergências no sistema de saúde, educação e serviços municipais.
As 15 nações pertencentes a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral debateram a ajuda ao Zimbabué numa reunião em Cape Town, nesta quinta-feira.
O Zimbabué está com grande escassez de comida, 94 por cento da população está desempregada e a hiper-inflação tem feito com que a moeda local não tenha nenhum valor.
Na última sexta-feira, o novo primeiro-ministro Morgan Tsvangirai disse que o Zimbabué precisa de cinco biliões de dólares para se recuperar.
Muluzi Acusado de Corrupção
O antigo presidente do Malawi, Bakili Muluzi, compareceu em tribunal depois de investigadores anti-corrupcao terem levado à sua detenção sob a acusação de roubo.
O Bureau Anti-Corrupção alega que o antigo chefe de Estado malaviano roubou mais de 10 milhões de dólares doados por vários países, incluindo Taiwan e a Líbia.
Aquele Bureau afirma que o dinheiro doado acabou depositado numa conta bancária pessoal de Muluzi. O antigo presidente negou aquelas acusações.
Novos Ataques no Delta do Níger
Um grupo militar da Nigéria afirma que tem como alvo as companhias de petróleo, um dia após uma das suas aeronaves ter sido atingida por tiroteio.
O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger disse ainda que o ataque contra o helicóptero civil, em Bayelsa, constitui um aviso às empresas de petróleo.
O helicóptero pousou de forma segura, mas um passageiro foi ferido.
O Movimento também afirmou que helicópteros estão sendo usados para transportar soldados para comunidades para esmagar manifestações de protesto.
Oficiais nigerianos não comentaram a declaração feita pelos rebeldes.
Diálogo entre a Fatah e o Hamas
As facções rivais palestinianas Fatah e Hamas iniciaram diálogo com o objectivo de restabelecer a unidade e criar um governo de unidade.
Delegações das duas facções encontraram-se, na quinta-feira, no Cairo, no gabinete do chefe dos serviços secretos egípcios, Omar Suleiman, que tem liderado as negociações.
Suleiman insistiu para que o Hamas e o Fatah não prossigam os confrontos.
Ultrapassar as divergências entre as facções rivais tem sido visto como a principal solução para criar um único governo palestiniano que consiga supervisionar a construção de Gaza e travar um termo de paz com Israel.
As conversas de quinta-feira ocorreram um dia após o Hamas e o Fatah concordarem em libertar alguns prisioneiros, o que foi visto como um gesto de boa vontade.
Enquanto isso, o enviado especial para o Oriente Médio dos Estados Unidos, George Mitchell, irá encontrar-se com Benjamin Netanyahu, líder do Partido Likud. Netanyahu irá propor ao primeiro ministro de Israel, Ehud Olmert, para que forme uma maior coligação.