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Taro Aso na Casa Branca


O primeiro ministro japonês Taro Aso desloca-se na terça-feira, a Casa Branca para um encontro com o presidente Barack Obama.

Aso será o primeiro dirigente estrangeiro a visitar a Casa Branca desde que a nova administração tomou posse.

O Japão tem recebido muita atenção por parte da recentemente empossada administração Obama. A semana passada, a secretaria de Estado Hillary Clinton fez de Tóquio a primeira etapa de uma digressão pela Ásia.

Agora o primeiro-ministro Taro Aso desloca-se a Washington para um encontro com o presidente americano.

Muitos analistas acreditam que o encontro Obama – Aso é largamente simbólico, existindo o sentimento em Tóquio de que a Casa Branca irá substituir o Japão, em favor de uma melhoria de relações com a China.

Masaru Nishikawa, especialista do Instituto Japonês de Assuntos Internacionais, explica as dúvidas que se colocam.

'A administração Obama parece ser um pouco ignorante ou provavelmente tende a ignorar os japoneses e o governo japonês. Obama tenta restaurar algum interesse e confiança no povo japonês. Penso ser este o objectivo.'

Existem muitas coisas que os dois dirigentes têm para discutir durante o encontro. Washington deseja que o Japão envie tropas para a guerra no Afeganistão. Existem igualmente as conversações – a seis – para por termo ao programa de armas nucleares da Coreia do Norte.

Tanto os Estados Unidos como o Japão foram altamente afectados pela crise económica global. Tóquio anunciou recentemente que a economia atravessa a pior crise desde o final da segunda guerra mundial.

O analista Nishikawa afirma que as duas maiores economias mundiais necessitam uma da outra, mais do que nunca para fazer frente a recessão.

'A crise que o mundo atravessa não é o problema, que um pais possa resolver, pois é demasiado grande para ser resolvida por um único país. Por isso provavelmente será necessária cooperação, especialmente por parte do Japão.'

Todavia a parceria Obama – Aso pode não durar muito tempo. O índice de aprovação do primeiro-ministro Aso baixou para menos de dez por cento. Acredita-se que o partido Liberal Democrático irá perder o controlo de décadas para a oposição nas próximas eleições parlamentares.

Independentemente do resultado da deslocação a Washington, Aso pode vir a tornar-se no terceiro primeiro-ministro consecutivo a permanecer no cargo menos de um ano.

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