A participação da África do Sul no Conselho de Segurança da ONU foi objecto de críticas mas o embaixador sul-africano rejeitou tais objecções.
A presença durante dois anos da África do Sul no Conselho de Segurança da ONU, que terminou a 31 de Dezembro, foi rodeada de controvérsia.
As votações sobre o Zimbabue, a Birmânia e o Irão foram criticadas tanto pelos Estados Unidos como por outros países membros, e igualmente por grupos de direitos desapontados com as posições assumidas.
Em Julho passado assistiu-se a linguagem nada diplomática proferida pelo antigo representante dos Estados Unidos dirigida contra a África do Sul, que acusou Thabo Mbeki de não estar em sintonia com o seu próprio país.
Este comentário foi produzido pelo então representante de Washington após a África do Sul ter ajudado a bloquear uma resolução contendo sanções contra os dirigentes dão Zimbabue.
No inicio do mandato de dois anos, a África do Sul votara contra uma resolução exigindo o fim dos abusos dos direitos humanos na Birmânia, para desespero da comunidade internacional.
Steve Crawshaw, da Human Rights Watch.
'A África do Sul, que em muitos aspectos personifica muitos avanços e que domesticamente possui um bom registo de comportamento democrático, quando virada para o exterior recusa-se a seguir a vontade do Conselho de Segurança ou da comunidade internacional.'
A África do Sul sustenta que as suas posições foram mal apresentadas, com o embaixador Dumisani Kumalo a acentuar que as votações sobre o Zimbabue e a Birmânia foram por considerar que os temas não deveriam ser tratados a nível do Conselho de Segurança, e não serem interpretados como bloqueando a agenda dos direitos humanos.
'Não fizemos como os britânicos e os americanos desejavam – e quando não se actua como os grandes desejam – os franceses e os americanos e os britânicos, então somos de uma África atrevida … estou feliz por ser um africano atrevido.'
Respondendo a estes comentários o representante britânico junto da ONU divulgou uma declaração frisando que o então representante sul-africano é um excelente funcionário publico e um amigo pessoal, embora descrevendo-o como sendo um pouco rebelde.