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Estados Unidos: Plano de Relançamento Económico Entra em Vigor



O presidente americano Barack Obama rubrica hoje o seu plano de estímulo da economia americana no montante de 787 mil milhões de dólares. Obama considera o plano como um marco histórico na rota da recuperação da economia nacional enquanto os seus opositores alegam que o mesmo é muito dispendioso e que vai criar muito menos empregos do que aquilo a que se propõe.

O plano, que inclui despesas governamentais assim como cortes dos impostos para relançar a economia americana, é a primeira grande vitória legislativa do presidente desde a sua tomada de posse no mês passado. O Congresso americano, controlado pelo partido democrático de Obama, aprovou o plano na sexta-feira com os legisladores mantendo a disciplina partidária.

O Senado aprovou o plano com apenas 3 senadores republicanos votando a favor. Na Câmara dos Representantes a divisão foi ainda mais nítida. Nenhum congressista republicano deu o seu aval ao plano. No sábado, o presidente Obama afirmou que os cortes dos impostos e os projectos de despesas domésticas vão criar milhões de empregos desencadeando paralelamente o crescimento económico: " o plano, disse o presidente, salvará ou criará mais de 3 milhões e meio de empregos durante os próximos 2 anos, fará com que as empresas e os consumidores gastem mais dinheiro e criará os alicerces do crescimento e prosperidade duradouros".

Por seu turno, o conselheiro económico da Casa Branca David Axelrod afirmou numa entrevista à rede de televisão americana FOX que embora se prevejam rapidamente indícios de relançamento económico, só possivelmente no próximo ano as melhorias começarão a aparecer nos relatórios governamentais particularmente no que diz respeito à taxa de desemprego que atinge neste momento 7,6%.

Contudo esta lei tem críticos bastante acérrimos incluindo o presidente da comissão da banca do Senado, o republicano Lindsey Graham. "11% do dinheiro deste plano, disse Graham, será dispendido em 2009. Grande parte deste dinheiro não criará empregos. 27% destina-se agora a cortes dos impostos e isso baixou significativamente. Dos 787 mil milhões de dólares apenas 3 mil milhões se destinam a pequenos empresários. Penso que falhámos o alvo. Aumentámos o governo e não aumentámos os empregos", concluiu Graham.

Por seu lado, o rival de Obama nas eleições presidenciais o senador republicano John McCain, afirmou que o presidente voltou atrás com as suas promessas de bipartidarismo na aprovação do plano económico.

Quanto ao antigo presidente americano Bill Clinton louvou este plano destinado a estimular a economia dizendo que o mesmo punha mais dinheiro nas mãos das pessoas que precisam dele para sobreviverem através de subsídios de emprego e de alimentação e de reduções dos impostos.

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