O antigo primeiro ministro do Senegal, devolveu o seu passaporte às autoridades policiais, depois de ter sido acusado de envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro a favor de um líder africano. Aquele ministro nega as acusações, que segundo o seu partido, na oposição, têm por propósito o seu silenciamento em tempo de eleições municipais.
O ex primeiro ministro Macky Sall foi submetido a um interrogatório de várias horas que culminaria na confiscação do seu passaporte, pelas autoridades policiais. Centenas de apoiantes da oposição saudaram hoje o ex primeiro ministro Macky Sall, junto a sede do seu partido.Os manifestantes entoaram cânticos de apoio a Sall e de denuncia ao partido do presidente Abdoulaye Wade, no poder.A policia teve que recorrer a gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, sem no entanto proceder a detenções.
Sall apelou à calma e disse estar profundamente indignado pela forma como o país vem sendo governado.O ministro do interior revelou que os investigadores interceptaram uma correspondência entre Sall e um líder africano não identificado, que indicava fazerem os dois parte de um esquema de lavagem de dinheiro pertencente a um empresário gabonês, radicado no Senegal e já sob custódia das autoridades policiais senegalesas.
Numa declaração confirmando a acusação, o ministro do interior Cheick Tidiane Sy disse que a investigação da alegada operação ilícita iria continuar.Para os advogados do antigo primeiro ministro a acusação contra o antigo presidente da Assembleia Nacional não tem alegadamente fundamento e terá sido proferida com o mero propósito de intimidação dos opositores políticos do presidente Wade, isto em vésperas de eleições municipais.
Recorde-se que o antigo primeiro ministro Macky Sall, exerceu igualmente o cargo de ministro do interior e da energia, do governo do presidente Abdoulaye Wade e foi também porta voz do governo e director da campanha eleitoral que levou em 2007, a reeleição do presidente Abdoulaye Wade.
Wade e Sall entrariam entretanto em desavenças, depois de Macky Fall na qualidade de presidente da Assembleia Nacional, o parlamento senegalês, ter convocado o filho do presidente Karim Wade a depôr perante uma auditoria parlamentar para clarificar alegados gastos feitos no quadro da Conferência Islâmica, do ano passado em Dacar.Macky Fall e actualmente o líder do partido Aliança para a República, na oposição e candidato a presidência da câmara da capital, Dacar.
