No Quénia a tomada de posse de Barack Obama está a ser vista como um acontecimento de importância nacional. Os laços familiares de Obama ao Quénia fazem com que o local de onde é originária a sua família seja agora uma zona de peregrinação.
Stephanie McCrummen a correspondente na África Austral do Washington post foi a Kogelo no Quenia, a vila de onde é originária a família do pai de Obama e onde a sua avó Sarah Ogwel Onyango é agora uma celebridade local.
Escreveu McCrummen que num curto espaço de tempo as rotinas das vidas desses familiares foram substituídas pelas armadilhas da fama global, nomeadamente multidões, guarda-costas, reportagens nos jornais e também expectativas algumas vezes mesmo místicas do publico.
"Há uma dimensão particularmente Quénia ao fenómeno: Por tradição e costume tribal as famílias esperam sempre que os membros de maior sucesso compartilhem da sua nova riqueza, um processo que em teoria deveria começar com o próprio Obama e eventualmente estender-se aos familiares mais distantes e às suas aldeias" escvreveu a correspondente. "Numa sociedade onde que é muitas vezes polígama e onde os anciãos podem falar sobre uma teia familiar que se estende ao século 18, as expectativas são enormes" acrescentou
Para além disso a aldeia da família Obama tornou-se numa atracção internacional e as autoridades quenianas renovaram a casa da sua avó com electricidade, água corrente e com guardas 24 horas ao dia. A casa de Sarah Onyango, disse a correspondente do Washington Post é já uma "espécie de santuário onde as pessoas vêm não só com ofertas mas também em busca de algo, como um negócio, uma bênção para um projecto local, conselhos e revelações".
A correspondente do Washington Post disse que aldeia é também um local turístico e já há uma companhia local a organizar visitas pela aldeia. Os escritórios da Fundação Família Obama estão em fase de acabamento.
Tem Para Derrubar Mugabe "Pela Força"
O Zimbabwe voltou à atenção dos comentaristas americanos. Bob Herbert do New York Times disse que o "O Zimbabwe está a morrer", descrevendo o país como "o inferno na terra".
"O reino corrupto, violento e profundamente destrutivo de Mugabe deixou o Zimbabwe no caos" escreveu Herbert para quem o Zimbabwe é um país tomado "pela pobreza, pela pandemia do HIV/SIDA e pela hiperinflação".
"Em tempos considerado o celeiro de África, o Zimbabwe é agora um país que não consegue alimentar o seu próprio povo acrescentou Herbert para quem "a sub nutrição tal como o medo são agora generalizados".
Já o antigo diplomata e agora membro de um centro de estudos, John Prendergast afirmou que a comunidade internacional e os países vizinhos tem agora duas opções: O isolamento ou a intervenção. Escreveu Prendergast num artigo de opinião no Christian Science Monitor que "uma estratégia de isolamento implica alargar e aprofundar as sanções contra entidades do regime e formar uma coligação para as aplicar".
Para além disso os vizinhos africanos do Zimbabwe poderiam encerrar as suas fronteiras com o Zimbabwe excepto a refugiados e ajuda humanitária e interditar todas as exportações de energia e armas para o Zimbabwe" acrescentou
Prendergast disse ainda que o Conselho de Segurança da ONU poderia referir o caso do Zimbabwe ao tribunal penal internacional para investigar a tortura e de alimentos como arma política.
Mas disse o antigo diplomata existir "uma solução mais rápida", recordando as acções militares contra os regime de Idi Amin no Uganda, o envio de tropas nigerianas para a Libéria e a invasão do então Zaire para se derrubar Mobuto Sese Sekou. Opinou Prendergast que "com refugiados, com o crime e com a doença a atravessarem as fronteiras do Zimbabwe chegou a altura dos governos vizinhos acelerarem a partida de Mugabe".
"A África do Sul continua a ser a chave e a próxima administração Obama deveria manter de imediato conversações com o presidente Kgalema Motlanthe e o dirigente do partido no poder na África dosul Jacob Zuma sobre como é que isso deve ser alcançado" acrescentou no seu coment'ario titulado "Tempo de derrubar Mugabe pela força".
Fim