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Nigéria Critica Golpistas da Guiné Conacri


Falando aos jornalistas depois da reunião com o Presidente Umaru Yar Adua, em Abuja, Nigéria, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Ojo Maduekwe, condenou enérgicamente os governantes militares da Guiné. Disse que a Nigéria espera que os líderes regionais apoiem a sua proposta para suspender, esta semana, a admissão da Guiné na cimeira da CEDEAO, a Comunidade Económica dos Estados Oeste Africanos.

“Este golpe é inaceitável. Quem tomou conta do poder sem o processo democrático deve organizar de imediato eleições e abandonar o governo. A Nigéria não tem quaisquer planos para o reconhecimento formal deste governo, ou qualquer outro género de relacionamento governo a governo…absolutamente nada…sabemos que os países membros da CEDEAO se encaminham também para assumir a mesma posição.

Um grupo de oficiais militares na Guiné assumiu o poder o mês passado, a seguir a morte do presidente de longa data, Lansana Conte, uma medida que tem sido largamente criticada. A União Africana, entretanto, suspendeu a Guiné da sua qualidade de membro daquela organização regional.

Mas o Presidente Abdulaye Wade, que devera participar na cimeira de Abuja, elogiou publicamente os autores do golpe, afirmando alguns analistas que a situação poderá provocar uma cisão no seio da CEDEAO.

Bola Akinterinwa, pesquisador no Instituto Nigeriano das Relações Internacionais disse que a postura da Nigéria está em conformidade com a da União Africana e dos protocolos existentes da CEDEAO.

“A CEDEAO não fez apenas uma declaração. Aprovou uma resolução sobre a questão da inconstitucionalidade de golpes militares na África Ocidental, segundo consta nos estatutos da sua Carta Regional. Por essa razão, a Nigéria não assume aquela posição por ser uma potência regional na África Ocidental. A Nigéria vai assumir a presidência rotativa da CEDEAO garantindo dessa forma os estatutos, leis e decisões que regem esta organização dos estados oeste-africanos. Não posso imaginar (disse o professor nigeriano) que a Nigéria trabalhe contra o que deve proteger.

Entretanto, a Junta Militar da Guiné disse que iria realizar eleições até ao fim de 2009, um ano antes do que tinha previamente anunciado.

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