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Em Busca de Melhor Vida Africanos Morrem


A Organização Internacional para as Migrações disse que o ano de 2008 foi o ano mais desastroso para os africanos que tentaram emigrar para outros países, em busca de melhores condições de vida. De acordo com aquela organização internacional, muitos africanos perderam a vida, outros tantos acabaram por ser explorados ou vítimas de abusos.

Como que a a confirmar essa declaração as autoridades italianas disseram que nos últimos dias, cerca de dois mil emigrantes, oriundos de África chegaram à costa da ilha italiana de Lampedusa. De acordo com o governo italiano, com a chegada desta nova leva de imigrantes clandestinos, aumentou para 24 mil, o número de africanos que clandestinamente e por mar, chegaram às costas da Itália este ano, praticamente o dobro, comparativamente ao ano passado.

Os imigrantes africanos não são regra geral bem vindos naquela ilha, no sul da Itália. Quando são interceptados são encarcerados em locais superlotados enquanto os respectivos casos, correm os trâmites legais.

O porta voz da Organização Internacional para as Migrações, Jean Phillipe Chauzy disse à Voz da América que os imigrantes têm vindo a fazer face a mais dificuldades de entrada isto à medida em que a crise financeira internacional também se vai agravando.

Por conseguinte aquele funcionário daquela agencia da ONU, prevê para 2009, um cenário pouco promissor.

"Penso que a realidade é que muitas das portas que estavam entreabertas para os imigrantes, especialmente na época em que a economia estava mais viva, estão agora a serem encerradas" disse o porta-voz.

"Em tempo de recessão, os imigrantes são por vezes vistos como uma espécie de ladrões de postos de trabalho que à partida deveriam pertencer aos nacionais" acrescentou.

Jean Phillipe Chauzi evoca a titulo de exemplo a violência que eclodiu, na sequencia dos actos de xenofobia na África do Sul e noutras partes do continente africano.

Para Chauzi milhares de pessoas foram afectadas pela xenofobia na África do Sul mas "as consequências, do impacto da xenofobia persiste até aos dias de hoje".

Aquele funcionário da Organização Internacional para as Migrações entende por outro lado que de um determinado prisma, a situação tende a complicar-se já que milhares e milhares de refugiados zimbabweanos continuam a procurar a África do Sul, para fugirem da pobreza e da epidemia da cólera que assola aquele pais da África Austral.

Ainda de acordo com Jean Phillipe Chauzzy, em regiões tais como no Corno de África e no Golfo de Aden no Yemen, foram igualmente registados casos de um considerável fluxo de imigração clandestina.

Emigrantes clandestinos, na sua maioria somalis e etíopes, enfrentam grandes riscos no cruzamento do golfo de Aden, em busca de melhores condições de vida.

O porta-voz disse que se estima que cerca de 500 pessoas morreram a tentar atravessar o golfo mas fez notar que "nem todas essas tragédias são reportadas".

A Organização Internacional para as Migrações exorta por conseguinte os países para que evitem a adopção de medidas que possam contribuir ainda mais para a estigmatização dos emigrantes.

Segundo números daquela organização, mais de 200 milhões de imigrantes prestam hoje uma colaboração altamente positiva e vantajosa as sociedades em que se inserem.

Por conseguinte, defende a OIM, os governos deveriam evitar implementar políticas que agitem os sentimentos anti-imigrantes.

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