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PAQUISTÃO VAI SER QUEBRA-CABEÇAS PARA OBAMA


Analistas afirmam que Barack Obama vai ter uma tarefa difícil em pressionar o Paquistão a tomar posições mais duras contra os terroristas dentro das suas fronteiras sem minar o recém formado governo democrático e fortalecendo ao mesmo tempo o governo afegão.

Combatentes dos Taliban e da Al Qaeda têm estado a usar os territórios tribais do Paquistão como base para atacar formas dos estados unidos e da NATO no Afeganistão. Em 2008 esses ataques subiram bastante em relação a 2008.

De acordo cm diversas notícias os Estados Unidos têm vindo a intensificar os ataques com aviões não tripulados e têm levado também a cabo ataques com forças especiais através da fronteiras. Entidades oficiais americanas não confirmam nem desmentem essas notícias.

Durante a campanha presidencial Barack Obama causou controvérsia particularmente no Paquistão quando afirmou estar disposto a ordenar ataques contra bases da Al Qaeda no Paquistão.

Maleeha Lodhi, antiga embaixadora paquistanês nos Estados Unidos e Grã Bretanha afirma que pelo menos por agora a campanha fez mudar as atitudes no Paquistão.

"É muito interessante verificar que a vitória de Obama parece ter temporariamente servido para calar o cinismo tradicional do público paquistanês sobre as suas relações com os Estados Unidos" disse Lodhi para quem "é importante dizer que isso se deve ao sentido de esperança e expectativa que talvez a nova administração traga nova para tentar resolver diversas questões".

Os serviços secretos e de informações do Paquistão ajudaram a criar os Taliban nos anos 90 para tentarem ganhar influencia no Afeganistão. Contudo é agora tema de controvérsia saber se os Taliban continuam a receber ajuda desses serviços.

O Paquistão nega fornecer qualquer ajuda a grupos rebeldes e Lodhi afirma que o seu país está a ser injustificadamente culpado pelos falhanços do ocidente.

"Na verdade uma série de erros estratégicos, falta de objectivos claros, enganos militares e prioridades mal escolhidas fizeram aumentar a Guerra e exportaram a rebelião para o Paquistão" disse a diplomata para quem o Paquistão "antes dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 o Paquistão não tinha estes problemas a que agora faz face dentro das suas fronteiras".

O embaixador do Afeganistão nos Estados Unidos Said Tayeb Jawa concorda com essa análise afirmando que os estados Unidos não terminaram o trabalho de erradicar os Taliban em 2001.

O embaixador disse que em 2001 " que a comunidade internacional fez em foi afastar os Taliban para o lado" não os eliminando ou derrotando completamente.

" Empurraram-nos para as zonas rurais para o Paquistão e devido a isso tiveram a oportunidade de se reagrupar fora do Afeganistão e particularmente no Paquistão para treinarem e voltar" acrescentou

Barack Obama afirma que quer retirar algumas tropas do Iraque e enviá-las para o Afeganistão.

A embaixadora Jawad disse que o envio de mais tropas dos Estados Unidos e da NATO seria algo de positive. Mas afirmou que essas tropas têm que estar bem equipadas e sem as restrições a combate que alguns países da NATO impõem às suas forças.

É esta situação difícil entre o Afeganistão e o Paquistão que se torna mais aguda devido à questão dos ataques terroristas à Índia, que fazem com que essa região sub asiática se torne num dos problemas internacionais que Obama não poderá evitar logo que assumir a presidência.

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