Na África do Sul, dissidentes do Congresso Nacional Africano – ANC - no poder, elegeram o antigo ministro da defesa Mosiuoa Lekota para liderar o novo partido denominado de Congresso do Povo.
A nova formação política planeia participar nas eleições previstas para o inicio do próximo ano.
Perante aplausos dos apoiantes do novo partido Lekota aceitou na cidade de Bloemfontein liderar o Congresso do Povo, e disse aos presentes que jamais a historia da África do Sul será a mesma.
Lekota prometeu lutar com o desemprego e a pobreza, reforçar a cultura da democracia e construir a uma nação não racial.
Lekota e vários outros lideres abandonaram o Congresso Nacional Africano no poder, depois da liderança desse partido ter obrigado o então presidente Thabo Mbeki a demitir-se do cargo, seis meses antes do fim do seu mandato.
A demissão de Mbeki foi motivada por disputas com o antigo vice-presidente Jacob Zuma, eleito há um ano líder do partido durante um congresso marcado por divergências entre os dois homens.
Zuma é apontado como o próximo presidente da África do Sul a ser eleito as presidenciais do inicio do próximo ano isso apesar de recaírem sobre ele acusações de corrupção que os seus apoiantes consideram de actos forjados.
O líder do ANC falou aos seus militantes num comício na mesma cidade de Bloemfontein para marcar o Dia da Reconciliação, depois de décadas de apartheid.
Zuma apelou à unidade dos sul africanos.
"Sem
esquecer o passado devemos seguir em frente, e juntos como uma nação" disse Zuma
Zuma sublinhou ainda que desde que o ANC assumiu o poder com o fim do apartheid há 14 anos, muitas vitórias foram obtidas. Mas ele reconheceu que o seu partido tem ao longo desse tempo dado mais atenção à governação e negligenciando as necessidades do povo em matéria de emprego e de protecção social.
