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Obama Promete Medidas Rápidas na Economia


O presidente eleito americano Barack Obama afirmou que vai agir rapidamente para melhorar o estado da economia americana assim que tomar posse no próximo mês de Janeiro.

Através da longa campanha eleitoral, o então candidato democrata Barack Obama prometeu alterar a política económica americana e combater os efeitos adversos daquilo que considerou como uma situação económica negativa. Desde a sua vitória na eleições presidenciais de Novembro a economia americana tem vindo a piorar a olhos vistos. Este mês foi anunciado oficialmente que a economia dos Estados Unidos se encontrava em recessão, com a perda de numerosos empregos, despejos de pessoas que não podem pagar as amortizações das suas casas e uma extrema volatilidade das bolsas de valores. Uma intervenção de apoio económico sem precedentes destinada a facilitar o acesso ao crédito não deu ainda os efeitos desejados nem conseguiu fazer frente aos problemas das grandes empresas necessitando do apoio governamental para não entrarem em falência. Obama reconheceu o agravamento da situação numa entrevista no fim de semana à rede de televisão americana NBC.

"Trata-se de um grande problema, e vai piorar" disse Obama.

"A minha principal prioridade é a de fazer com que tenhamos um plano de recuperação económica que esteja à altura das circunstâncias", acrescentou

Recentemente, o presidente eleito americano apresentou um ambicioso plano para diminuir o desemprego, reconstruir as infra-estruturas dos Estados Unidos e tornar o país mais auto-suficiente em matéria de energia. O plano que envolverá uma quantia de centenas de milhares de milhões de dólares juntar-se-à aos 700 mil milhões de dólares do plano de apoio financeiro que o Congresso aprovou em Outubro passado. Especialmente preocupante neste momento é a sorte dos fabricantes de automóveis que estão a pedir dezenas de milhar de milhões de dólares em empréstimos do governo federal. Obama realçou a importância da indústria automóvel para a economia americana, mas sublinhou que o apoio do governo deve traduzir-se por reformas dessas empresas que garantam a sua competitividade. Os líderes do Congresso têm vindo a negociar com a Casa Branca o âmbito do plano de apoio ao sector automóvel. Em declarações à rede de televisão americana FOX, o senador democrata do Michigan Carl Levin manifestou-se optimistas em relação a um acordo.

"Estou muito confiante em que possa ser alcançado um acordo nas próximas 24 horas" disser Leavin para quem a crise é "um problema global que se traduziu pela queda das vendas de automóveis através do Mundo."

"Não é apenas um problema americano, e os outros governos estão a fazer o mesmo em relação aos seus fabricantes" acrescentou

Contudo o senador republicano do Alabama, Richard Shelby, não concorda com esta leitura e afirma que uma intervenção federal não assegura a viabilidade futura daquelas empresas.

"Trata-se de um empréstimo que não leva a lado nenhum," disse Shelby para quem "este é o primeiro de muitos outros empréstimos".

"Gostaríamos de salvá-los mas eles têm que salvar-se a eles próprios" acrescentou

De referir ainda que os sindicatos dos trabalhadores da industria automóvel americana já afirmaram que estão dispostos a fazer concessões no âmbito de um plano alargado para salvar o sector.

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