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Comércio de Pedras Preciosas: "Poder e Fama, Guerra e Morte"


O comércio de pedras preciosas é um negócio mundial de milhões e milhões de dólares. As pedras preciosas adornam reis, rainhas, estrelas de cinema e milionários. Mas são oferecidas também como presente especial num aniversário ou a uma noiva. O comércio das pedras preciosas (sobretudo dos diamantes) – é um comércio que começa nas entranhas da terra e termina nas lojas resplandecentes de Rodeo Drive, em Hollywood, ou na Quinta Avenida em Nova Iorque, dão alegria, riqueza e glória a alguns, rendimento necessário a outros e a outros ainda significam guerras prolongadas e devastação.

Nesta série que começamos a apresentar hoje, vamos seguir o percurso das pedras preciosas, desde as minas de diamantes na África do Sul a Antuérpia, onde o comércio de diamantes é um negócio enorme, às lojas de Mumbai (ou Bombaim) onde muitas pedras são lapidadas, polidas e depois vendidas a joalheiros. Falaremos da economia do comércio de pedras preciosas e o seu custo humano.

Este primeiro trabalho é um apanhado do comércio de diamantes., que têm fascinado homens e mulheres através dos tempos.

São de todas as formas, tamanhos, e cores. Uns são vulgares e a maior parte das bolsas consegue-os comprar. Outros são raros, altamente apreciados e apenas para os muito ricos.

A Rainha Isabel II tem uma grande quantidade de diamantes, de imenso valor, passados de geração para geração da família real -- conhecidas pelas Jóias da Coroa.

Estas jóias encontram-se na Torre de Londres e ali atraem mais de dois milhões e meio de visitantes por ano. Keith Hanson ,o durador chefe da Torre, diz: “O que temos aqui é histórico. Foi usado pelos nossos soberanos. E o facto de que muitas das nossas jóias datam de há mais de 800 anos e que temos a maior quantidade de diamantes brancos em exposição no mundo.”

O Diamante Cullinan tem como origem a África do Sul. Originalmente pesava mais de três mil quilates. mas foi cortado em nove pedras grandes, incluindo ”A Grande Estrela de África” com 530 quilates.

O uso de pedras preciosas data de há muitos séculos. Governantes, nobres e combatentes de muitas civilizações antigas gostavam delas, para exibiram o seu estatuto social e económico.

Turquesa era uma das favoritas dos faraós do antigo Egipto. Existem provas de comércio transfronteiriço destas pedras.

Wafaa al Saddiq é o director-geral do Museu Egípcio no Cairo: “Ficamos muito surpreendidos por no início da nossa história termos pulseiras dos túmulos do Alto Egipto, onde eram usadas pedras semi-preciosas, especialmente o lápis-lazuli, que não existe no Egipto. Isto significa que tiveram que importar esta pedra do Afeganistão.

A Rainha Cleópatra era conhecida por favorecer as esmeraldas: “Penso que se encaixa na imagem de Cleópatra, no seu charme, na sua beleza, porque por certo esta pedra está associada com a sua beleza,” nota o curador do museu.

Na Índia, os antigos manuscriptos referem as pedras preciosas como criações únicas da Mãe Terra.

Pouco mudou neste processo sem idade. As pedras preciosas continuam a ser retiradas da terra, cortadas, polidas e depois vendidas por muito dinheiro.

Elas adornam os ricos, os famosos e os afortunados...e continuam a significar poder e fama.

As pedras preciosas também alimentam famílias em cantos empobrecidos de África e da Ásia.

Contudo, quando as riquezas derivadas das pedras preciosas (sobretudo dos diamantes) caiem nas mãos de déspotas e senhores da guerra, podem matar. E têm.

Mas de toda a forma, são algo que todos gostariam de ter.

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