A Inglaterra vai organizar a próxima cimeira financeira do Grupo dos Vinte.
O anuncio da cimeira ocorre a meio das iniciativas de várias nações para conter a regressão económica e estimular o crescimento das respectivas economias.
Numa intervenção perante o Parlamento, o primeiro ministro britânico Gordon Brown afirmou ser crucial uma acção concertada para suster a crise financeira global, e que os dirigentes mundiais vão reunir em Londres para fazer avançar o processo.
‘Acordamos com os nossos parceiros internacionais em que a próxima reunião dos G 20 seja realizada em Londres, a dois de Abril. Vai analisar as principais questões das acções económicas que são necessárias e vamos dialogar com a nova administração dos Estados Unidos e o presidente eleito Obama deve deslocar-se nessa altura a Inglaterra.’
Os G Vinte reuniram aqui em Washington no inicio deste mês tendo acordado num plano alargado de acção para estimular o crescimento económico.
Os governos e os blocos políticos e económicos realizam encontros e consultas quase contínuos para suster a derrapagem com uma multiplicidade de medidas de apoio e estímulo.
No início da semana, a Inglaterra anunciou a redução o imposto de valor acrescentado com vista a estimular os consumidores a fazerem mais aquisições e a canalizarem as poupanças para a economia.
O governo britânico anunciou igualmente reduções de impostos para as empresas, e assistência as famílias de rendimentos baixos bem como maiores verbas para a habitação, as escolas e as estradas.
Os Estados Unidos já atribuíram 700 mil milhões de dólares para assistência as instituições financeiras e a Reserva Federal anunciou a injecção de mais 800 mil milhões de dólares para tentar estabilizar a economia.
O governo norte americano tem debatido opções para impedir a falência da industria automóvel, e o presidente eleito Barack Obama tem salientado a necessidade de um conjunto alargado de medidas de estimulo para relançar a economia.
Em Bruxelas, a Comissão Europeia solicitou aos países membros um pacote de estimulo no valor de 260 mil milhões de dólares, com os dirigentes europeus a debaterem o plano na cimeira de Dezembro.